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Maioria de vereadores de BH não abre mão do dízimo da morte Pastor apresenta projeto que é aprovado em primeiro turno tornando templos religiosos serviços essenciais

6 de abril de 2021, 18h02 | Por Carlos Lindenberg

by Carlos Lindenberg

Por Estado de Minas

E continua a demoníaca – no sentido figurado, é claro – interferência da religião no Estado, o que deveria ser, a essa altura do século XXI, mais do que intolerável em uma sociedade que se pretende moderna e democrática.

Na esteira da absurda e precária decisão do ministro bolsonarista Kássio Nunes Marques, do STF, que determinou a abertura de igrejas e templos religiosos por todo o país, a despeito da determinação do Poder Executivo local, a Câmara Municipal de Belo Horizonte votou e aprovou um Projeto de Lei, do vereador Henrique Braga (PSDB), não coincidentemente um pastor, que torna estes locais “serviços essenciais”.

A lógica dos vereadores que disseram “sim” a essa patuscada é de difícil compreensão, afinal escolas e pequenos comércios, que garantem o sustento de pais de família, não são por eles considerados essenciais, mas as igrejas, sim.

Alguém duvida que por trás deste projeto há o simples propósito arrecadatório? Porque, convenhamos, se algum cristão, evangélico, judeu, budista, muçulmano etc disser que sua fé não pode ser professada senão em templos, não é um devoto que preza. A não ser que despreze completamente a onipresença divina e jamais faça novamente suas orações antes de dormir ou em qualquer outro lugar.

Foto: Reprodução/CMBH

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