Por Metrópoles
Um grupo de mais 24 pesquisadores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pediram demissão, na noite de quarta-feira (22/12) por insatisfação com a atual gestão. Os profissionais ocupavam a área de zootecnia e recursos pesqueiros. Ao todo, já são 138 funcionários que pediram saída do órgão.
Os 3 coordenadores e os 21 consultores reiteraram as críticas feitas a pressões e supostas interferências que algumas autoridades ameaçam fazer. O grupo também justifica que as interferências também partem da diretoria do órgão. Eles também falam em descaso para a retomada da avaliação dos programas, que chegou a ser interrompida pela Justiça.
Pesquisadores das áreas de química, matemática e física já haviam renunciado, todos insatisfeitos com a atual gestão da Capes, que é presidida por Cláudia Queda de Toledo.
“Torna-se insustentável a nossa continuidade na Coordenação neste momento em que é veiculada uma carta aberta demonstrando alinhamento da alta diretoria da Capes, seguida do pedido de exoneração do diretor de Avaliação, Flávio Anastácio de Oliveira Camargo”, diz a carta, que a Folha de S.Paulo teve acesso.
“Entendemos que a saída do referido diretor é mais um capítulo na fragmentação que assola o Sistema Nacional de Pós-Graduação e a nossa querida Agência Capes”, continuaram no comunicado.
Camargo, pediu demissão na terça-feira (14/12) em meio a uma crise na entidade, que tem enfrentado debandada de pesquisadores. A saída de Camargo foi a primeira baixa no alto escalão do órgão. Em nota, a Capes afirmou que o desligamento do professor Flávio Camargo se deu a pedido e devido a problemas de saúde.
Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles