Home Brasil Mauro Cid negociou joias nos EUA; PF vai requisitar documentos a autoridades americanas

Mauro Cid negociou joias nos EUA; PF vai requisitar documentos a autoridades americanas

8 de agosto de 2023, 10h25 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por G1

Investigadores da Polícia Federal encontraram, no armazenamento em nuvem a partir do celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid, gravações indicando que ele negociou e vendeu joias também nos Estados Unidos neste ano.

Segundo apurou o blog, as gravações e mensagens mostram Mauro Cid fazendo a negociação das joias durante o período em que esteve na Flórida, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro, no início deste ano.

Mauro Cid foi para os Estados Unidos com o ex-chefe – que viajou dois dias antes do fim do mandato e só retornou ao Brasil no fim de março.

A Polícia Federal vai requisitar às autoridades americanas o envio para o Brasil da documentação comprovando as negociações e a venda de joias por Mauro Cid, para que seja anexada ao inquérito em tramitação no Brasil.

A CPI dos Atos Golpistas já havia tido acesso a e-mails indicando que Mauro Cid negociou no Brasil um relógio Rolex, avaliado em cerca de R$ 300 mil, que foi dado como presente ao ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019, pelo governo da Arábia Saudita.

Mauro Cid está preso em dependências do Exército por causa da falsificação de certificados de vacina do ex-presidente Bolsonaro e de sua família. Ele já depôs na comissão, mas, na ocasião, se manteve em silêncio. A CPI dos Atos Golpistas não descarta convocá-lo novamente.

Interlocutores de Mauro Cid no Exército foram comunicados sobre as novas informações e avaliam que a situação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro se complica cada vez mais.

Eles temem que o tenente-coronel seja condenado e acabe perdendo sua posição dentro do Exército. Bolsonaristas temem, por outro lado, que ele faça uma delação.

Procurada, a defesa de Mauro Cid disse que não poderia comentar as informações até o momento porque não teve acesso à documentação das investigações.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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