As fortes chuvas que castigaram Minas Gerais nos últimos dias pontuando ate o momento, 45 mortes, 18 pessoas desaparecidas, milhares de desabrigados e mais de 12 mil de desalojados, as terras mineiras seguem em alerta geológico pelo menos até a próxima sexta-feira, dia 31 de janeiro. Os dados da tragédia foram atualizados na manhã desta segunda- feira pela Defesa Civil Estadual e mostram que 121 cidades estão em situação de emergência.
A previsão para fevereiro é de mais chuvas intensas para o Sudeste com características parecidas das que atingiram Belo Horizonte nos últimos dias alerta à metodologia.
Reportagem do Fantástico, na Rede Globo explicou o fenômeno dos últimos três dias, com previsão de chuvas intensas para o mês que vem.
Segundo a reportagem, uma formação de um sistema meteorológico causou uma das chuvas mais intensas dos últimos 110 anos em Belo Horizonte.
Entre quinta (23) e sexta-feira (24), o volume de chuva chegou a quase 172 milímetros. Foi o maior registro de chuva da história, num período de vinte e quatro horas, na capital mineira. Esse sistema é a Zona de Convergência do Atlântico Sul, conhecida como ZCAS, típica do verão.
A ZCAS é formada pela combinação de ventos em diferentes níveis da atmosfera.
Quando ocorre a conjunção de ventos de níveis mais baixos, médios e altos da atmosfera, a variação
em um corredor de nuvens carregadas se estabelece entre o norte e o sudeste do país. E quando esse corredor fica por mais de 4 dias no pedaço, temos a Zona de Convergência do Atlântico Sul.
Segundo a explicação, a engrenagem toda recebeu um reforço na semana passada: as águas do oceano mais quentes entre o Espírito Santo e o Rio de Janeiro.
Na terça, dia 21, por causa das águas mais quentes do que o normal, o sistema de baixa pressão atmosférica que estava sobre o mar se intensificou. Esse sistema foi ganhando mais força ainda e com isso mudou de status na quinta: virou uma depressão subtropical.
Na sexta (24), ele evoluiu para uma tempestade subtropical Kurimí que significa menino, em tupi-guarani.
O processo de formação desta tempestade ajudou a aumentar a chuva no interior do Sudeste.
Foi essa conjunção de umidade, calor e vento que provocou essa combinação explosiva sobre parte do Sudeste.
Fevereiro
E a previsão para fevereiro é preocupante. Essa engrenagem deve voltar a se organizar mais duas vezes, uma no início e uma no fim do mês. Ou seja, a chuvarada ainda não acabou.
BH
De acordo com a Defesa Civil municipal, para se prevenir e evitar ocorrências graves, a população precisa ficar atenta ao grau de encharcamento do solo e aumento do risco de ocorrências de deslizamentos, escorregamentos, quedas de muros, erosões e sinais nas construções como trincas. Até esta segunda-feira (27), o órgão já havia recebido quase 500 chamados relacionados a deslizamento e risco de deslizamento.
Os sinais podem ser observados por meio de trincas nas paredes, água empoçando no quintal, portas e janelas emperrando, rachaduras no solo, água minando da base de um barranco ou até mesmo na inclinação de poste ou árvores. A Prefeitura recomenda aos moradores que coloquem calha no telhado, consertem vazamentos em reservatórios e caixas-d’água, não jogue lixo ou entulho na encosta e não despeje esgoto nos barrancos.
Previsão Meteorológica Especial
Período de 27 até 29/01/2020
Segunda-feira (27) – Previsão de chuvas isoladas a partir da tarde, com intensidade moderada e possibilidade de ventos. Volume estimado 20 a 30 mm. O volume de chuvas neste período pode superar 100 mm, com rajadas de vento que podem atingir 60 km/h.
Terça-feira (28) – Previsão de pancadas de chuvas moderadas a forte, a qualquer hora do dia e possibilidade de ventos de até 60 Km/h. Volume estimado 50 mm.
Quarta- feira (29) – Previsão de pancadas de chuvas FORTES, a qualquer hora do dia e possibilidade de ventos de até 60 Km/h. Volume estimado entre 60 e 70 mm.
Por: Fantástico e Defesa Civil
Foto: Defesa Civil/Divulgação