Home Minas Gerais Minas em chamas: incêndio na Serra do Cipó continua pelo 5º dia seguido

Minas em chamas: incêndio na Serra do Cipó continua pelo 5º dia seguido Autoridades ainda não mediram exatamente o quanto foi queimado no parque nacional; O incêndio teve início no domingo (27).

2 de outubro de 2020, 18h32 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Já somam cinco dias de combate ao grande incêndio que consome a fauna e flora da Serra do Cipó, na região Central de Minas. Pelo menos 115 bombeiros, brigadistas e voluntários trabalham em três frentes de combate, contando ainda com um helicóptero e dois aviões.

Desde o último domingo, as chamas consomem as matas do parque, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A estimativa do momento é que aproximadamente 10 mil hectares de vegetação da unidade de conservação, que vai da Grande BH até cidades da Região Central do estado, já tenham sido destruídos.

Além da devastação natural, o incêndio afeta também o turismo dos distritos do município de Santana do Riacho, muito procurados em fins de semana de calor intenso. Segundo o Corpo de Bombeiros, a área afetada pelas chamas está distante das regiões ocupadas por casas, em especial, o distrito Serra do Cipó, famoso por suas cachoeiras, hotéis e pousadas.

O Parque Nacional da Serra do Cipó teve sua visitação interrompida na quarta-feira (31), pelo ICMBio, devido ao incêndio. A visitação havia sido interrompida em março, por causa da pandemia de Covid-19, e retomada no dia 24 de setembro, com limitação de 150 visitantes por dia. A reabertura só acontecerá depois que o incêndio for controlado.

No combate, atuam entre 60 e 70 pessoas, entre militares e brigadistas.

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o combate ao incêndio na Serra do Cipó está contando com um novo avião, do modelo Air Tractor, que tem capacidade para espalhar três mil litros de água de forma fracionada, ou apenas em um ponto específico – volume bem maior do que o transportado por um helicóptero, capaz de carregar 400 litros em “bambi bucket” (cestos).

A aeronave fabricada no Texas (EUA) reduz o tempo de combate na operação e gera mais segurança para as equipes em solo. Conforme os bombeiros, o lançamento da água é administrado por um computador que ajusta a descarga nos focos de incêndio, controlando assim as chamas em determinados locais.

Até então, não se sabe qual a extensão da área destruída pela queimada mas os Bombeiros estimam que cerca de 1.800 hectares da área de preservação já tinham sido engolidos pelo fogo. A área será precisamente calculada após a extinção completa do incêndio.

Foto: Reprodução/TV Globo.

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