Por Carlos Lindenberg
Embora mereçam nossas homenagens e nossos sentimentos. Todos eles. Assim como merecem também os 19 mortos que sucumbiram às chuvas que inundaram centenas de municípios mineiros.
O que se questiona agora são as providências que o poder público deve tomar para resolver o problema dos que saíram de suas casas e, não menos urgente, quais as providências que serão tomadas de imediato para resolver o problema dos que saíram de casa e o que fazer para lhes dar uma casa nova.
Essas são as questões fundamentais. Primeiro, o governo de Minas precisa dar proteção aos que são obrigados a sair de casa. Não pode deixar as casas abandonadas porque elas serão pilhadas. De outro lado, é preciso que o governo mineiro doe casas para os que perderam as suas moradias.
Dar prazo de 24h para que as mineradoras prestem informações sobre a situação de cada barragem chega a ser risível e sugere a pergunta: por que não pediu antes?
De boas intenções… já se sabe.
É como a empresa que opera a usina de Furnas dizer que não tem responsabilidade sobre o acidente que enlutou dezenas de famílias. Aliás, nessa hora todos tiram o seu da reta. Como fez o governador Romeu Zema ao dar um prazo de 24h para que cada mineradora informe a situação de cada uma: mas agora, governador?
A propósito, a Assembleia Legislativa lembrou ontem que todas as mineradoras devem mudar o sistema como armazena seus rejeitos, para evitar o que houve em Mariana e no Fundão. Mas o urgente mesmo é a vigilância onde as pessoas deixaram suas casas e um plano imediato para a reconstrução ou a construção de quem perdeu tudo.