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Minas Gerais é o estado que menos gastou com saúde durante pandemia Levantamento do G1 mostra que MG investiu menos de 8% na saúde no primeiro semestre de 2020, sendo que o mínimo exigido por lei é 12%.

11 de agosto de 2020, 15h36 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Minas Gerais é o estado que menos investiu em saúde neste ano, considerando os recursos provenientes da Receita Corrente Líquida (RCL). Segundo o levantamento do portal G1, no primeiro semestre, quando se preparava para o pico da Covid-19, o governo aplicou R$ 1,9 bilhão, o que corresponde a 7,76% da RCL.

A informação está no Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), disponibilizado pela Secretaria de Estado da Fazenda. O G1 fez um levantamento do percentual da Receita Corrente Líquida gasto em Ações e Serviços Públicos em Saúde de todos os estados brasileiros disponíveis nestes relatórios. A RCL é o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes, deduzidos, principalmente, os valores transferidos.

Por lei, cada estado deve aplicar, no mínimo, 12% da RCL em saúde por ano. Vinte já destinaram, no primeiro semestre, este percentual.

Amazonas foi o que investiu maior percentual da RCL, com 20,63%, seguido por Tocantins (17,86%), Pernambuco (17,2%) e Pará (16,47%).

Na região Sudeste, São Paulo investiu o correspondente a 14,26% da Receita Corrente Líquida; Espírito Santo, 15,47%, e Rio de Janeiro, que também ainda não cumpriu a meta, 8,18%.

De acordo com a receita estimada pelo governo de Minas para o ano de 2020, de pouco mais de R$ 55 bilhões, seria preciso gastar outros R$ 4,7 bilhões no segundo semestre para cumprir a meta. Até lá, o estado ainda segue dentro do que prevê a lei, já que os 12% só são considerados ao final dos 12 meses.

Os valores investidos são analisados no ano seguinte pelo Tribunal de Contas do Estado e passam por processo de aprovação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Segundo o TCE, se as contas forem reprovadas, o estado pode deixar de receber repasse de recursos voluntários da União.

Apesar de ter sido o que menos repassou recursos à saúde, Minas investiu, neste ano, cerca de R$ 600 milhões a mais que no ano passado. Em 2019, foram destinados R$ 1,3 bilhão, o correspondente a 5% da Receita Corrente Líquida.

Questionada sobre o percentual aplicado, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informou que a Secretaria de Estado de Fazenda é que se posicionaria sobre o assunto. Já a SEF apenas enfatizou que “o percentual obrigatório de 12% refere-se a aplicação em todo o ano corrente, ou seja, até 31 de dezembro”.

Em seu Twitter, o governador de Minas, Romeu Zema afirmou:

Foto: Reprodução/Twitter/Romeu Zema

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