Minas Gerais enfrenta um cenário de atenção em 2025 devido ao aumento expressivo de casos graves e mortes relacionadas a doenças respiratórias. Até o fim de abril, foram registrados 397 óbitos em decorrência de complicações como gripe, pneumonia e COVID-19 — uma média de 3,4 mortes por dia.
No mesmo período, o estado contabilizou mais de 26,8 mil internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os principais afetados são crianças de até um ano, que somam mais de 2.500 internações, e idosos acima de 60 anos, com mais de 15 mil registros hospitalares.
Diante da situação crítica, foi decretada emergência em saúde pública por um período de 180 dias. A medida permite acelerar processos como a contratação de profissionais, aquisição de medicamentos e insumos, além da ampliação de leitos hospitalares em diferentes regiões do estado.
Como parte da estratégia de enfrentamento, foi criado um centro de operações específico para monitorar e coordenar as ações durante o período emergencial. Em Belo Horizonte, o Hospital Infantil João Paulo II já disponibilizou 12 leitos semi-intensivos e se prepara para ativar mais 10 leitos de UTI pediátrica, caso necessário.
Autoridades de saúde alertam para a importância da vacinação contra a gripe e a COVID-19, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis. Em alguns municípios, já se discute a retomada de medidas preventivas como o uso de máscaras em locais fechados ou com aglomeração.
A expectativa é que as ações emergenciais ajudem a conter o avanço dos casos nos próximos meses, principalmente durante o outono e o inverno, períodos mais propensos a esse tipo de agravamento respiratório.
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