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Ministério da Saúde muda critério para novas pesquisas

29 de julho de 2019, 18h48 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

by Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esteve neste domingo (28) no Congresso MEDTROP-PARASITO 2019, evento dedicado à medicina tropical e parasitologia. Durante a abertura do congresso, o ministro anunciou o investimento de R$ 50 milhões em pesquisas sobre doenças transmissíveis e negligenciadas.

“Os recursos são destinados a pesquisadores das doenças que interessam ao Brasil, mas foram historicamente negligenciadas, como malária, leishmaniose e doença de Chagas. São doenças ainda muito presentes e nós temos que achar soluções para elas”, afirmou o ministro. Do total, R$ 24 milhões serão para fomentar pesquisas voltadas ao tratamento das chamadas doenças tropicais em circulação no Brasil, como as que foram citadas pelo ministro.

O investimento será dividido em três chamadas públicas de pesquisa. Serão R$ 24 milhões para estudos sobre doenças negligenciadas, R$ 10 milhões para pesquisas exclusivamente dedicadas à malária, e R$ 16 milhões para estudos sobre tuberculose. Os temas selecionados foram definidos a partir da agenda de prioridades do ministério.

De acordo com o ministro, a intenção do governo é mudar o caminho da pesquisa feita no Brasil. Tradicionalmente, o pesquisador escolhe a sua área de interesse e solicita os recursos juntos aos institutos de fomento. Desta vez, é o Ministério da Saúde quem está direcionando as pesquisas de interesse prioritário.

A chamada pública será publicada no site do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em agosto, para os casos das doenças tropicais e da malária. Já no caso da tuberculose, o prazo é até o final do ano. Os projetos terão duração de 36 meses e o apoio, para cada pesquisa, poderá variar entre R$ 500 mil e R$ 2 milhões.

Segundo Luiz Henrique Mandetta, este é o maior investimento já feito pela pasta nesta temática em um mesmo ano.

Sobre o programa “Médicos pelo Brasil”

O ministro falou também sobre o destino do programa “Médicos pelo Brasil”, que vai substituir gradativamente o programa anterior, “Mais Médicos”, na medida em que as vagas forem preenchidas no novo modelo. Ele já havia dito, na semana passada, que as mudanças serão divulgadas oficialmente na próxima semana.

Será adotado um novo critério de distribuição de vagas, que classificará os municípios em rural, rural remoto, intermediário e urbano, adiantou o ministro. Também disse que a prioridade será o atendimento médico para os municípios com maior vulnerabilidade social. E citou o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

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