Home Governo Ministro da Defesa pede respeito às urnas e união contra “desestabilização institucional”

Ministro da Defesa pede respeito às urnas e união contra “desestabilização institucional” O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, afirmou nesta terça-feira que o país precisa se unir contra "tentativas de desestabilização institucional" e é preciso "respeitar o rito democrático e o projeto escolhido pela maioria dos brasileiros".

20 de abril de 2021, 16h12 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Terra

As declarações de Braga Netto fizeram parte de seu discurso na cerimônia de posse do novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

“Hoje, o país precisa estar unido contra qualquer tipo de iniciativa de desestabilização institucional que altere o equilíbrio entre os Poderes e prejudique a prosperidade do Brasil. Enganam-se aqueles que acreditam estarmos sobre um terreno fértil para iniciativas que possam colocar em risco à liberdade conquistada por nossa nação”, discursou o ministro.

“É preciso respeitar o rito democrático e o projeto escolhido pela maioria dos brasileiros para conduzir os destinos do país. A sociedade, atenta a essas ações, tem a certeza de que as suas Forças Armadas estão preparadas e prontas a servir aos interesses nacionais”, continuou.

Braga Netto, que é general da reserva, assumiu o cargo depois da demissão de Fernando Azevedo, no final de março. Ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto se aproximou de Bolsonaro e assumiu a Defesa com um tom político diferente de seu antecessor.

A interlocutores, Azevedo explicou que foi demitido por tentar evitar um uso político das Forças Armadas. O ex-ministro não atendeu o pedido do presidente Jair Bolsonaro para demitir o então comandante do Exército, Edson Pujol que, em mais de uma ocasião, deixou claro que não iria envolver a Força nas polêmicas criadas pelo presidente. Bolsonaro cobrava um apoio do comandante a suas falas e ações.

O próprio Azevedo evitava também se envolver em movimentos que Bolsonaro faz de simpatia a atitudes pouco democráticas.

Envolvido politicamente, e não apenas como general, com o governo, Braga Netto deu outro tom a seu discurso. Seu primeiro ato, ainda antes de tomar posse, foi demitir os três comandantes das Forças Armadas, a pedido de Bolsonaro.

Com o governo enfrentando no Congresso a CPI da Covid, que tentou de todas as formas evitar, a popularidade do presidente em queda e Bolsonaro sendo responsabilizado pelo desastre da resposta brasileira à pandemia, o governo enfrenta um de seus piores momentos desde a eleição.

“Neste período de intensa comoção e incertezas, que colocam à prova a maturidade, a independência e a harmonia das instituições democráticas brasileiras, o Exército, a Marinha e a Força Aérea mantêm o foco em suas missões constitucionais, permanecendo sempre atentas à conjuntura nacional”, disse Braga Netto.

Presente no evento, Bolsonaro não discursou.

Foto: Reuters

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