Home Brasil Miriam Leitão: ‘Para que não aconteça mais’

Miriam Leitão: ‘Para que não aconteça mais’ A Comissão de Direitos Humanos do Senado pediu acesso a gravações em que ministros do Superior Tribunal Militar relatam a prática de tortura durante a ditadura; confira o comentário no Bom Dia Brasil.

18 de abril de 2022, 14h09 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por G1

A jornalista Miriam Leitão mostrou na sua coluna do jornal O Globo áudios de integrantes do Superior Tribunal Militar com relatos de casos de tortura durante a ditadura.

Os áudios foram transcritos pelo historiador Carlos Fico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e revelam detalhes das torturas.

Miriam Leitão diz que os áudios são vozes do tempo sombrio da ditadura militar que foram resgatadas pelo historiador Carlos Fico, titular de História do Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O Superior Tribunal Militar passou a gravar as sessões a partir de 1975, mesmo as secretas. Até 1985, são 10 mil horas de material. Em 2017, Carlos Fico conseguiu, com autorização da Justiça, copiar a totalidade das sessões, que vêm sendo transcritas.

Dia 16 de junho de 1976: um dos ministros do Superior Tribunal Militar afirmou que ficou provado que um réu confessou sob tortura um crime que não cometeu.

Segundo o historiador, a voz possivelmente é do almirante Sampaio Ferraz.

O Bom Dia Brasil procurou o Superior Tribunal Militar, o Ministério da Defesa e o Exército mas não obtive resposta.

Miriam Leitão contextualizou como os processos chegavam até o Superior Tribunal Militar e como eram conduzidos. Segundo a jornalista, “a gente estava nos anos de chumbo com o AI-5, então, não tinha nenhum direito e garantia individual”.

A comentarista disse que “apesar do clima de intimidação daquela época, clima de intimidação inclusive dentro das auditorias militares, milhares de pessoas denunciaram tortura aos próprios tribunais militares e isso foi registrado nos autos”. “Tudo isso é importante ser contado poque é para ficar registrado pra história e para que não aconteça mais”.

“Essas pessoas que foram lá e disseram o que tinha acontecido nos seus interrogatórios, pode produzir a prova mais robusta de tortura durante a ditadura brasileira”.

Foto: Reprodução/G1

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário