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Moro é notificado para deixar sociedade em empresa ligada à Lava-Jato A seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP) lembrou ao ex-juiz que é proibido serviços advocatícios em empresas de consultoria

3 de dezembro de 2020, 12h07 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Estado de Minas

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz Sérgio Moro começou a semana, no domingo (29/11), anunciando uma nova carreira e poderá terminá-la se despedindo do novo emprego diante de uma notificação da OAB/SP.

Moro ainda não se pronunciou a respeito do documento, que veio a público na noite dessa quarta-feira (02/12). Endereçado ao ex-ministro, a advertência lembra ao ex-juiz que é vedada a prática de atividade privativa da advocacia à Consultoria Alvarez & Marsal, empresa da qual se tornou sócio-diretor.

A Alvarez & Marsal é responsável pela administração judicial, entre outras empresas, da Odebrecht, uma das construtoras brasileiras afetadas por decisões de Moro como ex-juiz que coordenou a Operação Lava-Jato.

Sanções

A notificação foi obtida com exclusividade pelo site Conjur (leia a integra aqui), e é assinado por Carlos Kauffmann, presidente do Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional paulista, capital, onde a Alvarez & Marsal está sediada.

O texto destaca que, caso desobedeça a regra, Moro poderá sofrer sanções, explicadas como ‘medidas administrativas e judiciais pertinentes’.

Portifólio

A consultoria também faz assessoria financeira na recuperação da Sete Brasil, além de ter sido contratada pela Queiroz Galvão para reestruturação do grupo.

Todas essas empresas estão em situação econômica abalada desde que foram devassadas pela Lava-jato.

Reação

Pouco depois do anúncio de sua contratação para A&M, Moro destacou que a natureza de suas funções na empresa não se relaciona a atividades privativas da advocacia. Depois da notificação da OAB/SP, a vedação agora está oficializada.

Tríplex

A empresa que Moro é sócio hoje é a mesma que atestou que o tríplex do Guaraujá, no litoral paulista, não pertence ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com a A&M, o tríplex, que serviu de alegação para Moro condenar Lula a nove anos e meio de prisão, pertence a OAS Emprrendimento.

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

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