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Morre Carlos Menem, ex-presidente da Argentina aos 90 anos Atual senador pela província de La Rioja, o político governou o país entre 1989 e 1999, sendo o que mais tempo esteve á frente e de forma contínua no comando do país vizinho. Política de privatização e forte abertura às importações o distanciaram da doutrina estatista e industrial histórica de sua força política, o Partido Justicialista.

14 de fevereiro de 2021, 12h38 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

O ex-presidente da Argentina, Carlos Menem,  morreu neste domingo (14), aos 90 anos. Na atualidade, o político  era  senador pela província de La Rioja, vinha se tratando em um hospital de complicações de doenças crônicas, por conta da idade tendo pneumonia  em meio à pandemia do coronavírus.

Ele foi a pessoa que mais tempo comandou o país vizinho de forma ininterrupta — foi presidente de 1989 a 1999, com uma política de privatização e forte abertura às importações que o distanciaram da doutrina estatista e industrial histórica de sua força política, o Partido Justicialista. Um outro ramo desse grupo exerce o poder novamente, com Alberto Fernández como presidente.

Carlos Menem, à direita, é empossado como presidente da Argentina em 1989 — Foto: Reuters/Presidencia de la Nación/Archivo via / Latin America News Agency

Saúde debilitada
Ativo na política quase até o fim da vida, Menem chegou a participar das primeiras reuniões virtuais do Senado argentino em meio à pandemia do coronavírus.

Uma grave pneumonia diagnosticada em 13 de junho, agravada por seus problemas de diabetes, afetou seriamente sua saúde nas últimas semanas. Ele esteve internado primeiro no Instituto Argentino de Diagnóstico (IADT).

Depois foi transferido para o Sanatório Los Arcos, no bairro portenho de Palermo, para fazer um check-up de próstata, mas foi diagnosticado com uma infecção urinária que complicou seus problemas cardíacos. Na véspera de Natal, ele foi induzido ao coma após apresentar insuficiência renal. Mais tarde chegou a ser despertado e se sentia melhor, mas acabou falecendo nesta mesma clínica.

Condenado
Em 2019, Menem foi condenado a três anos e nove meses de prisão por fraude na venda de um imóvel na década de 1990. Segundo a Suprema Corte, o ex-presidente desviou recursos públicos na transação comercial. Para ser preso, no entanto, ele deveria ser condenado também pelo Senado, o que não ocorreu.

Além disso, o ex-presidente foi absolvido da acusação de encobrimento dos autores do atentado contra o centro judaico AMIA, em Buenos Aires, em 1994. A Justiça condenou, no mesmo julgamento, o ex-chefe de Inteligência do ex-presidente e um ex-juiz, entre outros ex-funcionários e cúmplices. O ataque deixou 85 mortos e 300 feridos.

Fonte: G1
Foto: AFP e Reuters

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