O Prefeito eleito de Goiânia (GO), Maguito Vilela, um dos principais nomes do MDB no estado, morreu, nesta quarta-feira (13), por complicações de covid-19, aos 71 anos.
Licenciado do cargo, ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 27 de outubro de 2020 onde lutava contra uma infecção pulmonar grave, consequência da doença.
Vilela testou positivo para coronavírus no dia 20 de outubro. Ele ficou internado na UTI do Hospital Órion por seis dias, mas precisou ser transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, com 75% dos pulmões comprometidos.
Maguito Vilela em foto divulgada em 12 de novembro de 2020 — Foto: Reprodução
A unidade de saúde emitiu nota de falecimento à imprensa no início da manhã desta quarta. “O Hospital Israelita Albert Einstein comunica, com pesar, o falecimento do senhor Luís Alberto Maguito Vilela, às 04h10 desta quarta-feira. Maguito Vilela encontrava-se internado desde o dia 27 de outubro para tratamento da Covid-19”, diz o comunicado, assinado pelos pneumologistas Marcelo Rabahi e Carmen Barbas, além do Diretor Médico e de Serviços Hospitalares do hospital, Miguel Cendoroglo.
Eleições
Maguito Vilela venceu as eleições para prefeito em 2020, mesmo afastado da campanha eleitoral por mais de um mês, internado em São Paulo. O então candidato chegou a contar com um aparelho que funciona como pulmão artificial para conseguir respirar. Sua candidatura para prefeitura de Goiânia pelo MDB no ano passado, veio algumas semanas depois que o prefeito Iris Rezende (MDB) anunciou a aposentadoria, em 25 de agosto. Ele foi eleito em segundo turno, com 52,52% dos votos válidos. Quem governará a cidade pelos próximos quatro anos será o vice, Rogério Cruz (Republicanos).
Vida dedicada à política
Luís Alberto Maguito Vilela nasceu em Jataí, no sudoeste de Goiás, onde passou seus primeiros anos. Na juventude, formou-se em direito na Faculdade de Direito de Anápolis, em 1974.
Na política o primeiro cargo foi de vereador na cidade natal, Jataí, pelo partido Arena, que apoiava o governo militar.
Em 1979, com a reformulação partidária, transferiu-se para o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), atual MDB, partido ao qual ainda era afiliado.
Em 1983, tornou-se deputado estadual e chegou a ocupar cargo de líder do governo na Assembleia goiana.
Na eleição de 1986 virou deputado federal. No ano seguinte, integrou a Assembleia Nacional Constituinte.
Participou como membro da Subcomissão dos Direitos e Garantias Individuais, entre outras comissões.
Alguns de seus votos foram: a favor da legalização do jogo do bicho, da proteção do emprego contra demissões sem justa causa e do turno ininterrupto de seis horas; contra a pena de morte.
Virou vice-governador na chapa encabeçada por Íris Resende – seu padrinho político – no início dos anos 90. Em 1995, tomou posse como governador de Goiás.
Uma das medidas de destaque do governo foi a criação do Programa de Apoio às Famílias Carentes, que fazia a distribuição de cestas básicas. Enfrentou uma briga judicial após se recusar a pagar vencimentos e pensões vitalícias de ex-governadores, às quais considerava injustas.
Tornou-se senador em 1999. Tentou retornar ao governo de Goiás em 2002 e em 2006, mas acabou derrotado.
Maguito Vilela foi nomeado vice-presidente do Banco do Brasil em 2007, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em 2008 foi eleito, no primeiro turno, prefeito de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana.
Vilela foi casado duas vezes e deixa dois filhos.
O sepultamento está marcado para ocorrer em Jataí, cidade natal de Maguito.
Foto: Reprodução/Instagram
