Por Metrópoles
A Polícia Civil do Paraná recebeu de volta nesta terça-feira (19/7) da Justiça o inquérito sobre o assassinato do petista Marcelo Arruda, durante seu aniversário de 50 anos em 9 de julho. A decisão do juiz Gustavo Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, atende pedidos feitos pelo Ministério Público.
O inquérito foi finalizado em apenas cinco dias, antes da divulgação de dados contidos no celular do bolsonarista Jorge Guaranho, responsável pelos disparos.
A investigação foi concluída como crime por motivo torpe e, tecnicamente, não será enquadrado como crime de ódio, político ou contra o estado democrático de direito, por falta de elementos, segundo a polícia. O autor dos disparos foi enquadrado por homicídio qualificado por motivo torpe e perigo comum.
A decisão, no entanto, foi contestada pela família de Arruda, que recorreu ao MP para a reabertura do processo.
“Determino o retorno do inquérito policial à Delegacia de Polícia, via remessa off-line, para o urgente cumprimento das diligências investigavas requisitadas pelo Ministério Público”, diz a decisão de Arguello.
A Polícia Civil concluiu o inquérito antes de receber os resultados de exames de confronto balístico, de perícia no carro de Guaranho e antes da reconstituição do crime. Além disso, também não foi divulgada a conclusão dos laudos periciais de leitura labial no vídeo do crime.
A Promotoria, que enviou o pedido para que a PC recebesse de volta o caso, pede que seja realizada uma análise das câmeras de segurança do trajeto feito por Guaranho no dia do crime e a análise dos celulares de outras três pessoas que o conheciam. Além disso, pede que sejam identificados todos que tiveram acesso aos vídeos das câmeras de segurança do local do assassinato e o depoimento de uma destas testemunhas.
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