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Motim do Grupo Wagner seria derrotado de qualquer forma, diz Putin A Rússia esteve perto de um confronto entre duas forças armadas na semana passada, quando um grupo de mercenários, o Wagner, ameaçou ir a Moscou para confrontar o Ministério da Defesa do país.

26 de junho de 2023, 17h29 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por G1

“Nenhuma chantagem vai ter resultados. Toda a sociedade russa, todos estávamos unidos pela responsabilidade pelo destino da nossa terra mãe. Desde o começo houve esforços para neutralizar a ameaça do motim armado”, afirmou Putin.

“Eles queriam que os russos lutassem uns contra os outros, eles sonharam em se vingar pelos próprios fracasso no front, durante a chamada contra-ofensiva, mas eles calcularam mal”, disse o presidente russo.

Putin agradeceu os comandantes e soldados do próprio Grupo Wagner que não aderiram ao motim e que, segundo ele, evitaram o “derramamento de sangue”.

Ele afirmou ainda que a maior parte dos combatentes do Grupo Wagner é de patriotas, e que, agora, os paramilitares têm três opções:

  • Fazer um contrato com o Ministério da Defesa para seguir nos combates.
  • Largar as armas e “retornar para suas famílias e entes queridos.
  • Irem para a Belarus.

Putin não mencionou Yevgeny Prigozhin, o líder do grupo paramilitar Wagner, em seu discurso.

Segundo o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, nesta segunda-feira Putin se reuniu com os chefes das forças de segurança (inclusive com o ministro da Defesa).

Antes do pronunciamento de Putin, Prigozhin disse que a marcha em direção a Moscou, abortada após negociação com o governo russo, não tinha por objetivo derrubar o governo. Ele afirma que seus adversários eram os generais que estão no comando do Ministério da Defesa.

Entenda a crise na Rússia

A Rússia esteve perto de um confronto entre duas forças armadas na semana passada, quando um grupo de mercenários, o Wagner, ameaçou ir a Moscou para confrontar o Ministério da Defesa do país.

A marcha do grupo Wagner foi interrompida no sábado.

▶️ Quem é Yevgeniy Prigozhin?

Prigozhin, de 62 anos, era um aliado de Vladimir Putin há mais de 20 anos. Ele ficou rico na Rússia fornecendo refeições para os órgãos de Estado e com a construção de edifícios para o governo russo.

▶️ O que é o Grupo Wagner?

Há alguns anos, Prighozin é o responsável pela empresa militar privada russa conhecida como Grupo Wagner. Essa milícia atuou em conflitos na Síria, no Líbano e no Sudão.

▶️ O que o Grupo Wagner faz na Ucrânia?

No começo da guerra da Ucrânia, o Grupo Wagner ficou de fora. Os mercenários só entraram em ação quando o exército russo começou a enfrentar dificuldades inesperadas na Ucrânia.

O Grupo Wagner tem um papel central na guerra. Depois de colocar seus combatentes na linha de frente, ele começou a recrutar prisioneiros russos para reforçar as tropas do país na Ucrânia.

▶️ Quem são os adversários de Prigozhin e do Grupo Wagner?

Prigozhin e os líderes militares formais da Rússia estão em conflito político há meses. Prigozhin acusa o Ministério da Defesa de falhas na condução da guerra. Ele acusou os generais russos de boicotarem o Grupo Wagner ao não fornecer munição e, como resultado, culpou-os pelas mortes de seus combatentes “em montes” na Ucrânia.

No fim de junho, Prigozhin acusou os militares russos de atacarem seus combatentes em um acampamento na Ucrânia.

▶️ O que o Grupo Wagner fez no fim de junho?

Depois da acusação, Prigozhin e o Grupo Wagner avançaram e tomaram a cidade de Rostov-on-Don e começaram a se dirigir a Moscou.

Prigozhin convocou os russos a se juntarem ao Wagner contra Shoigu e Gerasimov. Ele também acusou a dupla de mentir sobre a guerra na Ucrânia e subestimar as baixas. “Isso não é um golpe militar, mas uma marcha da justiça”, disse Prigozhin.

No sábado, Prigozhin concordou em dar meia-volta com suas forças e não marchar para Moscou.

Foto: Reuters

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