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Movimentação dos futuros cotados para prefeitura de BH segue a todo vapor Janela partidária e cláusula de barreira pulverizam disputa pela cadeira no executivo

12 de dezembro de 2019, 00h11 | Por Carlos Lindenberg

by Carlos Lindenberg

Mesmo faltando pouco mais de 10 meses para as eleições municipais, as movimentações dos futuros candidatos começam bem antes para essa corrida eleitoral que se aproxima. Belo Horizonte e São Paulo já somam ao menos 26 cotados para a disputa de prefeituras.

E os possíveis candidatos têm vivido uma maratona e remanejamentos com siglas que não atingiram a cláusula de barreira. Além das composições de quem sairá como cabeça de chapa – os partidos se reorganizam para a janela partidária que permitirá uma nova leva de trocas de legendas.

Para 2020 pelo menos oito partidos podem deixar de existir por causa da nova regra. Antes da cláusula de barreira a composição era de 35 legendas. Hoje no Brasil, segundo apuração do blog, apenas 23 partidos estão aptos a receber o fundo eleitoral partidário e conseguem assim, tempo gratuitos de rádio e TV. Já legendas como o PT e PDT têm situação mais confortável.

Prefeitura de BH

O momento de especulação antecipada aumenta a movimentação interna com possíveis nomes que podem de fato disputar o pleito pela cadeira do Executivo mineiro.

O que vinha sendo cogitado numa possível composição do prefeito Alexandre Kalil (que trocou os PHS pelo PSD) com o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), ganhou outro contorno esta semana.

Numa entrevista o deputado e apresentador de TV deixou claro que não será candidato a vice-prefeito na conciliação com Kalil. Tramonte não deixou claro também na entrevista para Radio Itatiaia se sairá como cabeça de chapa do partido.

Outro nome bem ventilado para tentar a reeleição do atual prefeito é do presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV). O deputado que tem aparecido na mídia com os projetos para pagamentos do 13º salário deste ano ao funcionalismo, pode ganhar mais sustentação com os caciques dos partidos. Na semana passada ele e o prefeito Kalil estiveram na inauguração do novo Teatro Feluma, ligado à Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.

O nome da presidente da Câmara, Nely Aquino (PRTB) também está na lista. Ela pode até vir a mudar de partido e formar chapa com Kalil, o que é natural na movimentação de momento pela busca de parcerias. E esta possibilidade no bastidor é de bom andamento.

O deputado, professor Wendel Mesquita (Solidariedade) também segue na lista.

Pela chapa majoritária, nome bastante lembrado também é do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Nas últimas eleições municipais Pacheco que era do PMDB, e hoje leva o nome de MDB teve um bom desempenho que agradou a ala de comando do antigo partido, ficando como terceiro colocado no primeiro turno das eleições municipais. Na época Pacheco apoiou o candidato do PSDB, deputado estadual João Leite que perdeu para Kalil no segundo turno.

O vereador Gabriel Azevedo (sem partido), pode vir a disputar a prefeitura tendo como vice o também vereador Mateus Simões (Novo). A chapa teria o apoio do governador Romeu Zema (Novo), principal cabo eleitoral do partido em Minas Gerais. Ontem Zema falou como deve se dar a estratégia da legenda nas eleições municipais de 2020, em 4 de outubro. Segundo o governador, somente oito prefeituras em todo estado terão algum candidato filiado à sigla.

O deputado João Vitor Xavier (Cidadania) também aparece forte no campo de candidatura própria.

Oposição

Candidato de oposição numa possibilidade de terceira via se o PT lançar um nome é do deputado federal Patrus Ananias (PT/MG), por exemplo. Nesta quarta-feira (12), ele participa em Belo Horizonte do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. O ato público será no auditório do subsolo do CREA-MG, e terá o parlamentar como secretário-geral da organização pluripartidária. A sessão também é de posse à presidente regional, deputada federal Áurea Carolina (PSOL/MG).

O nome da deputada que está entre os 100 jovens negros mais influentes do mundo na política, também é lembrado pela disputa da cadeira do executivo, assim como a da presidente do PCdoB regional, Jô Moraes. Um grupo de vereadores da Câmara Municipal de BH tem apoiado o nome dela. No início deste mês, o PCdoB definiu os primeiros desafios para Belo Horizonte em 2020. Entre as principais prioridades da agenda é o lançamento da candidatura própria à Prefeitura da capital e a ampliação da bancada de vereadores.

Reportagem: Lena Alves @leninaandrade
Foto: Renato Cobucci / Hoje em Dia

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