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MP cumpre mandados em escritório de líder de Bolsonaro na Câmara Ricardo Barros (PP) é investigado sobre supostas irregularidades em contratos de energia elétrica e compras de equipamentos no Paraná

16 de setembro de 2020, 11h36 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) cumpre nesta quarta-feira (16) oito mandados de busca e apreensão em Curitiba, Maringá, Paiçandu, no Paraná e em São Paulo. Um dos mandados foi cumprido no escritório do deputado Ricardo Barros (PP) em Maringá, a 430 km da capital, Curitiba. Barros é líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados e foi ministro da Saúde do governo Temer, além de prefeito de Maringá.

O MP investiga crimes de lavagem de dinheiro e corrupção para facilitar negócio no ramo de energia eólica. As acusações são referentes ao ano de 2019 – período em que Barros não era, ainda, líder do governo.

A investigação está a cargo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com a assessoria do MP, as ordens judiciais, expedidas pela 12ª Vara Criminal da capital paranaense, estão sendo cumpridas num escritório de contabilidade e em outros três endereços comerciais, além de quatro residências.

“A investigação no Ministério Público do Paraná foi iniciada a partir da remessa de peças por parte do Supremo Tribunal Federal, em novembro de 2019, decorrentes de colaboração premiada feita no âmbito da Operação Lava Jato. A apuração refere-se a fatos ocorridos entre o final de 2011 e o ano de 2014”, informou o MP.

Em nota, o deputado Ricardo Barros, que também foi ministro da Saúde durante o governo de Michel Temer (MDB), disse estar tranquilo e em total em total colaboração com as investigações. Barros disse ainda repudiar o que chamou de “ativismo político do judiciário.”

“O parlamentar reafirma a sua conduta ilibada , e informa que solicitou acesso aos autos do processo para poder prestar mais esclarecimentos à sociedade e iniciar sua defesa”, disse o deputado.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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