O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação da chapa do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de seu vice, Thiago Pampolha (MDB). O órgão enviou sua manifestação a uma ação movida por Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur, na Justiça.
Freixo foi seu rival nas eleições de 2022 e alegou que a chapa cometeu abuso de poder político e econômico nos escândalos das “folhas secretas” da Ceperj (Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) e da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Na ocasião, as duas instituições fizeram milhares de contratações sem transparência em ano eleitoral. Os nomes dos beneficiários só foram informados após solicitações do Ministério Público e do Tribunal de contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
As procuradoras Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini, que assinam a manifestação do MP, pedem a cassação da dupla e a inelegibilidade deles por dois anos, a contar de 2022.
“Não se mais discute aqui o fato de que a máquina pública foi manejada em ano eleitoral, com evidente desvio de finalidade. A ampliação e alteração dos projetos, a forma como foram executados de molde a beneficiar eleitores e cabos eleitorais demonstra de forma evidente que o poder de autoridade foi usado em prol da alavancagem da candidatura dos dois primeiros investigados”, dizem as procuradoras.
A ação movida por Freixo tem avançado neste ano e a expectativa é que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) conclua o julgamento do caso nas próximas semanas. Em dezembro do ano passado, o MP já havia pedido a cassação de Castro e mais 11 aliados por abuso de poder político e econômico.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Rogério Santana/Governo RJ.