Por Metrópoles
O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), chamou outro integrante do colegiado, o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), de “Senhor Fake News” e disse que o parlamentar “é quem mais mente” na comissão. A discussão ocorreu durante a sessão de depoimento do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS).
A confusão teve início quando o senador Ciro Nogueira (PP-PI) interrompeu os questionamentos do relator Renan Calheiros (MDB-AL) para reafirmar dados trazidos por Terra sobre números de mortes em países como Suécia, República Tcheca, Dinamarca, Noruega e Finlândia.
“É o senhor Fake News”, diz Randolfe Rodrigues sobre Luis Carlos Heinze. pic.twitter.com/tjILW6RHhT
— Metrópoles (de 🏠) (@Metropoles) June 22, 2021
Terra defendeu que a Suécia agiu corretamente, ao não restringir a circulação de pessoas no ápice da pandemia de Covid-19 no país. Randolfe defendeu que, entre os países da Península Escandinava, a Suécia foi quem teve maior índice de letalidade pelo novo coronavírus.
“A Suécia é um péssimo exemplo para Europa. É o pior da península escandinava. Ontem [segunda-feira], caiu o gabinete do primeiro-ministro”, disse o vice-presidente, referindo-se à decisão do Parlamento da Suécia em afastar o primeiro-ministro, Stefan Lofven, com uma moção de desconfiança, na segunda-feira (21/6).
Ao defender que o deputado estaria promovendo desinformação no colegiado, Randolfe foi interrompido por Heinze e rebateu: “Não pode prevalecer uma estratégia de desinformar as pessoas. Não pode ser uma CPI da fake news. O senhor é o ‘Senhor Fake News’. O senhor é quem mais mente na CPI. Pare de falar absurdos. Respeito a quem merece respeito, não é o seu caso”, disparou o vice-presidente da comissão ao colega.
Heinze é alvo de representação no Conselho de Ética do Senado interpelada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Na ocasião, Vieira defendeu que Heinze promove desinformação e divulga notícias falsas em sua participação na CPI da Covid.
A CPI da Covid ouve, nesta terça, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). Ele é apontado como padrinho do “ministério paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. O parlamentar, que atuou como assessor extraoficial, é crítico ao isolamento social e autor de diversas previsões, que se mostraram erradas, sobre a pandemia.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado