Por CNN
Em entrevista exclusiva à CNN nesta segunda-feira (2), o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, afirmou que o governo federal não vai substituir os estados na questão da segurança pública, mas coordenar ações de combate ao crime.
A declaração acontece após o lançamento do Programa Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas e do anúncio de envio da Força Nacional ao Rio de Janeiro, que sofre crise na segurança pública, e disponibilização de R$ 20 milhões para a Bahia, estado com onda de violência que deixou ao menos 68 mortos.
Dino explicou que “mais de 90% das competências relativas à Segurança Pública são exercidas pelos governos estaduais” e que a intenção do plano é integrar inteligências dos estados com a administração federal, tendo foco em áreas como portos, aeroportos e fronteiras.
O ministro destacou ainda que há 60 facções atuando no Brasil e que, para vencê-las, é necessário “tirar o dinheiro delas”. “Não se derrota facção, em nenhum país no mundo, dando tiro a esmo”, adicionou.
Flávio Dino também elencou o que destacou serem as metas do programa:
- aumentar apreensões de armas e drogas;
- reduzir mortes violentas intencionais;
- reduzir roubo/furto de celular;
- amentar apreensão de bens, direitos e valores ligados ao crime organizado;
- reduzir alertas de desmatamento e mineração ilegais;
- implantação do programa de combate ao crime organizado;
- aumentar prisões relacionadas a crimes cibernéticos, incluindo abuso sexual infantil e fraudes bancárias;
- reduzir números de mortes relacionadas a crimes de trânsito;
- acolhimento de mães e familiares de vítimas de crimes violentos;
- geração de oportunidades para os jovens e mulheres nos territórios do Pronas;
- valorização profissional dos servidores da segurança pública com programas sociais e de atenção à saúde;
- aprimoramento da produção, integração e compartilhamento dos dados estatísticos e informações de interesse da segurança pública.
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