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Narcomilícia evangélica: “Reação de Mendonça joga lenha na fogueira”, diz Reinaldo

14 de março de 2024, 00h29 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O jornalista Reinaldo Azevedo afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça “joga lenha na fogueira” ao atacar Gilmar Mendes, seu colega na Corte, por fala sobre a existência de uma “narcomilícia evangélica” no Rio de Janeiro.

“É falso que Gilmar Mendes tenha ligado evangélicos a tráfico. Para evidenciar quão enfronhado está o crime, citou fala de terceiros sobre até uma narcomilícia evangélica. Reação de André Mendonça joga lenha na fogueira”, afirmou Reinaldo Azevedo.

Em seu programa, “O É da Coisa”, na Rádio BandNews FM, Reinaldo afirmou que a declaração de Gilmar é uma “absoluta verdade” e que existem “dados” que comprovam a ligação entre grupos criminosos e igrejas evangélicas.

“Isso existe com a milícia, o PCC, o Comando Vermelho e outros grupos”, afirmou Reinaldo. “Ninguém está perseguindo evangélicos. Existem, sim, pessoas que usam igrejas para lavagem de dinheiro. Não é uma acusação, uma discriminação ou o que quer que seja”, prossegue.

Em entrevista ao programa “Estúdio i”, da GloboNews, o decano do Supremo afirmou que ouviu relatos sobre a existência de um grupo de criminosos que faz parte de uma rede evangélica no Rio de Janeiro.

“Recentemente, [Luís Roberto] Barroso presidiu uma reunião extremamente técnica sobre essa questão, e um dos oradores falou de algo que é raro ouvir: uma narcomilícia evangélica, aparentemente no Rio de Janeiro, onde já se tem um acordo entre narcotraficantes e milicianos pertencentes ou integrados a uma rede evangélica. É algo muito sofisticado”, contou Gilmar.

A fala irritou André Mendonça, que é evangélico. O magistrado divulgou uma nota com um ataque ao colega, dizendo que a fala é “grave, discriminatória e preconceituosa” e defendeu uma investigação sobre o caso narrado por Gilmar.

“Posso afirmar, com muita segurança, que se há uma rede evangélica nesse país, ela é composta por mais de 1/3 da população, a qual se dedica sistematicamente a prevenir a entrada ou retirar pessoas do mundo do crime, em especial aqueles relacionado ao tráfico e uso de drogas, que tanto sofrimento causam às famílias brasileiras”, escreveu.

Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Rosinei Coutinho/STF.

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