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Nely Aquino acata pedido de impeachment do prefeito Fuad Noman e ouriça bastidores da Câmara

8 de dezembro de 2022, 09h30 | Por Redação - Blog do Lindenberg

by Redação - Blog do Lindenberg

Pois não é que a presidenta da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nely Aquino, acatou o pedido de impeachment do prefeito Fuad Noman? A explicação é que Nely não segura coisas desse tipo, mas segurou na época em que o ex-prefeito Alexandre Kalil dirigia a municipalidade.

O curioso é que Nely Aquino fez esse movimento na hora em que o prefeito Fuad Noman começava a dispensar antigos auxiliares do próprio Kalil para abrir espaço a indicações dos vereadores, como uma nova estratégia para voltar a ter influência no Legislativo municipal.

Ao que consta, o grupo do prefeito Fuad teria na Câmara Municipal 22 nomes considerados como “sólidos”. Mas esse número pode aumentar com novas adesões. Do outro lado, estaria a presidente da Câmara Municipal, Nely Aquino, com Wesley, Juliano Lopes, Claudio do Mundo Novo e mais uns sete ou oito nomes, somando 17, também considerados garantidos.

Como a eleição será segunda-feira (12), há quem aposte que outros nomes se somariam a esses. Mas o que soa estranho é que a presidente da Câmara, Nely, tenha acatado o pedido de impeachment de Fuad Noman exatamente no meio desse torvelinho, aguçando ainda mais os bastidores da Câmara, até por que quem faz o pedido é um conhecido advogado da praça, alegando entre outras coisas a possibilidade de um nepotismo cruzado, coisa que pode fazer algum sentido, não fosse o patrono da causa.

O assunto agora, desde que acolhido o pedido de impeachment do prefeito, vai para o plenário e 21 vereadores precisam votar para que o pedido tenha andamento. Se aprovado, uma comissão processante será instaurada para analisar o processo. De acordo com o argumento do patrono da causa – e olha que o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, está com quase 40 pedidos de cassação do presidente Jair Bolsonaro e não mexe uma palha nesse sentido –, Fuad teria cometido o crime de nepotismo cruzado ao nomear Wellington Aguiar, esposo da deputada estadual Ale Portela (PL) e genro da vereadora Marilda Portela, no que se constataria o nepotismo cruzado.

Invasão
Mas, deixando a política municipal de lado, em Brasília houve, há dois dias, uma tentativa de invasão do hotel onde se hospeda o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Isso motivou as forças de segurança, incluindo a Polícia Federal, a rever o dispositivo de segurança de Lula, com pedido de mais reforços, entre os quais a Polícia Militar do Distrito Federal.

Há sinais de que, por pouco, os que hostilizavam o presidente eleito não conseguiram chegar à recepção do hotel, enquanto ainda se arrasta por Brasília os atos antidemocráticos.

De mais, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou ontem o relatório da Proposta de Emenda à Constituição, a famosa PEC, com mudanças que tiram R$ 30 bilhões do Bolsa Família, mas manteve o montante de quase R$ 23 bilhões para investimentos baseados no excesso de arrecadação. O objetivo da PEC é garantir o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família e ainda dar R$ 150 por criança de até 6 anos.

Feminicídio
Por fim, não é possível que o Brasil continue mantendo recordes de feminicídios no primeiro semestre de 2022. Onde mais se mata mulheres, segundo o relatório, é no Norte do país. O Centro-Oeste ocupa o segundo lugar; o Sudeste, o terceiro; e o Nordeste, o penúltimo, sobrepujado pelo Sul do país.

Foto: reprodução

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