O deputado bolsonarista Nikolas Ferreira, está liderando um movimento para boicotar as Olimpíadas de Paris 2024. A campanha, impulsionada por ele e por seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, utiliza “motivações cristãs” como base para justificar o cancelamento do evento esportivo.
Em suas redes sociais, Ferreira tem publicado uma série de postagens contra os Jogos Olímpicos. Entre as declarações mais controversas, ele afirmou: “Nunca tolere, nem aceite a blasfêmia. Abandone as olimpíadas – e se eu fosse atleta, abandonaria igualmente.”
“As Olimpíadas começaram fazendo uma zombaria demoníaca da fé cristã”, comentou Nikolas sobre a cerimonia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024. “Por que eles não zombaram de Maomé nas olimpíadas na França?”, escreveu ele em um post seguinte.
O bolsonarista também questionou, em tom provocativo, a aceitação de figuras religiosas que não podem ser estampadas nas pranchas de surf: “Se fosse um capeta, Maomé, ou um Jesus gay, tava liberado. Alguém tem alguma dúvida?”
Se fosse um capeta, Maomé, ou um Jesus gay tava liberado. Alguém tem alguma dúvida? pic.twitter.com/34O6WR9BYs
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) July 27, 2024
O movimento, que se apresenta como uma reação contra o que consideram ser uma afronta aos valores cristãos, está gerando debates acalorados nas redes sociais e entre a opinião pública. Ferreira e seus apoiadores argumentam que o evento olímpico representa uma forma de “irracionalidade humana” e questionam o impacto cultural e moral dos Jogos.
“Essa é a nossa humanidade. Essa é a nossa civilização. Parece que não haver limites para a irracionalidade humana, E com certeza não há limites para a Justiça de Deus”, disse o deputado.
A Olimpíada de Paris 2024 está programada para acontecer entre 26 de julho e 11 de agosto, reunindo atletas de todo o mundo em uma celebração global do esporte e da paz. Apesar das tentativas de boicote, o evento continua a se preparar para receber participantes e espectadores de diferentes países e culturas.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Divulgações.