A ministra da Saúde, Nísia Trindade, relatou que tem sofrido ataques machistas e afirmou que permanecerá na pasta, apesar da pressão. Durante reunião que reúne representantes da pasta e das secretarias municipais e estaduais de saúde, ela afirmou que não precisa mudar de postura para ser respeitada.
“Permaneço no ministério por decisão do presidente Lula. Naturalmente, minha também, porque com toda a exposição, pressão, comentários machistas, etc…”, afirmou Nísia durante o encontro. Ela tem sido alvo de críticas do presidente Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Centrão, que busca por mais verbas na Saúde.
A ministra também tem sido cobrada por problemas na condução da epidemia de dengue e a situação dos hospitais federais do Rio de Janeiro. A secretários de Saúde, Nísia afirmou que disse a Lula que não precisa “falar grosso” para fazer seu trabalho na pasta.
“Há uma visão que a gente deve superar do que é exercer autoridade. Vamos avançar como sociedade se tivermos outro padrão, civilizado, democrático, que a gente não precise bater na mesa para ser ouvido, respeitado”, disse a ministra.
Ela relata que há discussões sobre seu trabalho e sugestões de que ela deveria “ser mais técnica” ou “mais política”, mas que considera a discussão um “equívoco”. “Há gosto para os dois lados e acho equívoco essa oposição, mas é isso que está posto”, prosseguiu.
Em meio à pressão sofrida para demitir a ministra, Lula garantiu que ela não deixará o cargo. Ele também teve uma reunião com ela nesta terça (19) e reclamou da demora do governo em reagir aos casos de dengue e da crise nos hospitais federais do Rio de Janeiro.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Divulgação/Ministério da Saúde.