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Nunes Marques deu uma no cravo e outra na ferradura, mas só achou o casco do animal – entendem como quiserem. Comentário da Tarde - Por Carlos Lindenberg

23 de março de 2021, 17h49 | Por Carlos Lindenberg

by Carlos Lindenberg

Não era de se esperar outra coisa do ministro Nunes Marques, nomeado pelo presidente Bolsonaro para o lugar do ex-ministro Celso de Mello. Ao votar nesta terça-feira pela suposta lisura do ex-juiz Sérgio Moro nas condenações do ex-presidente Lula, Nunes Marques cumpriu o desejo do chefe e inocentou seu antigo colega de toga, tendo tomado em seguida uma carraspana do ministro Gilmar Mendes, da mesma turma a que pertence Nunes – uma indecência, diria Gilmar Mendes ao tomar conhecimento do voto que desempatou o placar em favor do ex-juiz de Curitiba. A sessão continua, com uma advertência da ministra Carmen Lúcia de que poderia mudar o seu voto, mas até o fim desse texto não o havia feito. Ao votar como votou, Nunes Marques atirou no próprio pé. Pé?

Foto: STF/Fellipe Sampaio

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