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‘O cara virou um parasita’, diz Paulo Guedes sobre servidor público Em evento no Rio, ministro da Economia criticou o que considera privilégios, como estabilidade e 'aposentadoria generosa'

7 de fevereiro de 2020, 16h06 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por O Globo

RIO — O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou o funcionalismo público e o que ele considera privilégios do setor. Durante evento na FGV do Rio, Guedes comparou os servidores públicos a “parasitas” que querem reajustes automáticos, o que, segundo o titular da pasta, a população não quer mais.

— O funcionalismo teve aumento 50% acima da inflação. Além disso, tem estabilidade na carreira e aposentadoria generosa. O hospedeiro está morrendo, o cara (servidor) virou um parasita. O dinheiro não chega no povo e ele (servidor) quer reajuste automático.

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Para sustentar sua fala, o ministro disse que a maioria da população defende que servidores concursados podem ser demitidos.

— A população não quer mais isso, 88% das pessoas são a favor de demissão no funcionalismo público — disse, sem citar a fonte dos números.

O ministro também disse que os parlamentares que estão à frente das pautas econômicas no Congresso estão agressivos ao ponto de fazer com que ele seja visto como uma “freira de convento”.

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— Eu, que já fui revolucionário, hoje sou freira de convento (na comparação com os parlamentares). Eles (políticos) chegam e dizem ‘o senhor tem que desindexar, desobrigar, tem que descarimbar o dinheiro’.

Na avaliação de Guedes, o “dinheiro carimbado” é um dos entraves para que os estados e municípios melhorem a situação fiscal.

— O dinheiro no Brasil é todo carimbado, gerido por um software. Uma cidade do interior que no passado as famílias tinham seis ou sete filhos, hoje as pessoas têm um ou dois. Mas como o dinheiro está destinado para educação, o prefeito não pode comprar ambulância para atender essa população que envelheceu. Então o município troca uniforme seis vezes no ano e pinta escola para gastar a verba carimbada.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência O Globo

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