“Em tempos tão difíceis, uma notícia positiva! Somente em 2021, a ABSOLAR prevê a criação de 118 mil novos postos de trabalho em geração distribuída (GD) no país, com instalação de telhados solares fotovoltaicos em casas, comércios, empresas e fazendas. Somando a geração centralizada (GC) das grandes usinas, este número poderá chegar a 147 mil.
Grande parte desses novos empregos, locais e de qualidade, serão gerados no Norte de Minas Gerais, que detém a liderança nacional em GD com 900 MW de potência instalada (cerca de 20% do total).
Orgulho em fazer parte dessa conquista! Graças à luta que travei pela avançada legislação mineira no setor, com leis de minha autoria, especialmente a Lei nº 22.549/17, única no país. Mais investimentos, geração de energia limpa, empregos e renda!”
A declaração é do deputado Gil Pereira, ao analisar os recentes dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Se somarmos os empregos acumulados nos próximos três anos, considerando crescimento anual nas médias históricas, ultrapassaremos com tranquilidade a marca de 500 mil.
De acordo com o presidente-executivo da entidade, Rodrigo Sauaia, devem ser gerados, somente neste ano, em torno de 118 mil novos postos de trabalho em GD (geração distribuída) fotovoltaica. Somando a GC (geração centralizada), este número poderá atingir 147 mil.
Cada MW gerado: 30 empregos
“Percebemos que a GD, do ponto de vista socioeconômico, é efetivamente uma alavanca de desenvolvimento positivo para a sociedade brasileira. É a fonte renovável que mais gera empregos no mundo. Um terço de todos os postos de trabalho de energia renovável é da fonte solar, e para cada MW instalado são gerados 30 empregos”, destacou o executivo.
“A maioria dos empregos são locais e de qualidade. Locais porque 50 a 60% desses cargos estão na instalação dos sistemas; em torno de 20% na parte de engenharia, serviços e logística; e mais 20% na fabricação de equipamentos e componentes. Ademais, podemos dizer também que são empregos de qualidade pois são salários superiores à média nacional, na faixa de dois salários mínimos”, acrescentou Sauaia.
Segundo o especialista, a geração distribuída tem criado empregos, gerando renda aos brasileiros, o que agrega muito valor à sociedade.
“É um valor que hoje não aparece em nenhuma das contas que foram apresentadas, seja pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de forma clara e ponderada, seja pelo Ministério da Economia, que também tem em sua atribuição verificar o trabalho e geração de renda e riqueza, mas que não incluiu isso para suas análises. Só apontaram os custos da GD”, ressaltou.
“Cabe destacar que quando percebemos as diretrizes do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), na sua resolução número 15 de 2020, que são diretrizes para políticas públicas de GD, lá está de forma muito clara e explícita a importância de se incluir os benefícios da geração distribuída”, informou o CEO da ABSOLAR.
Outras vantagens
Outro ponto destacado por Rodrigo Sauaia é que a GD contribui na redução de despacho termelétrico, ou seja, atenuando os custos de bandeiras tarifárias e os valores de despacho fora da ordem de mérito que são pagos na forma de encargos, aliviando, inclusive, grandes consumidores que estão até no mercado livre, que pagam e rateiam esses encargos todos do sistema. O meio ambiente também é beneficiado com a redução das emissões de CO2 na atmosfera.
“Pensamos ainda que a solar, agora com 5 GW operacionais no país, em pleno horário de maior demanda do sistema, entre 11h e 17h (horários de pico e de maior despacho das termelétricas), está ajudando a aliviar o sistema, justamente nessa proporção importante de potência nominal em prol da modicidade tarifária e minimizando os custos dos consumidores, mesmo aqueles que não instalaram GD”, argumentou o executivo.
“Ganha quem tem e quem não tem energia solar, e ganha também a sociedade pelas oportunidades de geração de emprego e renda e o poder público pela receita gerada, movimentação econômica e reinjeção de recursos na economia local”, concluiu ele.
Mais dados
Dados da ABSOLAR indicam que, desde 2012, a geração distribuída fotovoltaica proporcionou para os consumidores uma economia de mais de R$ 3,6 bilhões nos gastos com energia elétrica.
Somente em novembro de 2020, por exemplo, as pessoas que geraram a própria energia ajudaram o setor a economizar mais de R$ 400 milhões com termelétricas. Além disso, há a economia alcançada no armazenamento de água das hidrelétricas, disponibilizando-a para outros usos pela sociedade.
Além disso, a associação relatou que GD atraiu R$ 24 bilhões de novos investimentos até hoje. Projeções mostram que serão mais R$ 17 bilhões em 2021.
Foto: Ascom
Por ASCOM