Home Minas Gerais O último tijolo fecha o ciclo do último chefe político de Minas

O último tijolo fecha o ciclo do último chefe político de Minas

6 de setembro de 2019, 18h43 | Por Carlos Lindenberg

by Carlos Lindenberg

A famosa casinha branca de janelas vermelhas, localizada na esquina de Ruas Paracatu e Martim de Carvalho, pelo que se comenta no bairro Santo Agostinho, na capital mineira, está com os dias contados.

A MIP Edificações comprou os três lotes naquele quarteirão e planeja lançar um megaprojeto imobiliário no fim deste ou no início do próximo ano. Claro, destinado a um público de alto padrão.

A empresa adquiriu a modesta residência, assim como as suas vizinhas à direita e esquerda. O lugar serviu por décadas de moradia ao falecido governador Hélio Garcia, quando não se encontrava na fazenda “Santa Clara”, em Santo Antônio do Amparo. Ali viveu seus últimos anos. Adoentado, dali saiu para ser cremado no Cemitério Parque da Colina, em 6 de junho de 2016. A vizinhança e motoristas que circulavam pela região sempre acenavam para Hélio Garcia, que não se furtava a uma brincadeira e um rápido bate-papo.

Arredio aos desavisados, porém, enxergava pela veneziana aqueles que não chamara ou indesejados. E orientava a seus empregados para que estes dissessem que estava em viagem pelo interior. Muito da política mineira foi tramado até de madrugada no local. Aquele portãozinho lateral se abriu para centenas de personalidades do cenário político mineiro. Alguns poucos jornalistas desfrutaram de sua amizade, não raro para uma conversa em torno de um copo de uísque. O escudeiro de Tancredo Neves, o mais pessedista dos udenistas, deixou saudades por seu carisma e espírito humanista.

Texto e Fotos: Márcio Fagundes

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1 comentário

Symphronio Veiga 6 de setembro de 2019 - 14:43h

Márcio Fagundes atuando… muito bom.

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