Home Mundo Observatório europeu aponta 2023 como ano mais quente em 100 mil anos

Observatório europeu aponta 2023 como ano mais quente em 100 mil anos Relatório do observatório Copernicus, da União Europeia, cita aumento brusco da temperatura global, com recordes diários e mensais em 2023.

9 de janeiro de 2024, 12h57 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O observatório europeu Copernicus apontou o ano de 2023 como o mais quente em 100 mil anos. O relatório divulgado na terça-feira (9/12) cita as temperaturas recordes registradas no ano passado, quando todos os dias apresentaram 1°C acima do nível pré-industrial de 1850 a 1900.

De acordo com o estudo, em metade dos dias de 2023, as temperaturas chegaram a ultrapassar 1,5°C do nível pré-industrial e, em dois dias de novembro, ficaram 2°C mais quentes. Esses níveis, segundo o observatório, foram os mais altos em 100 mil anos.

A média global de temperatura registrada no ano passado foi de 14,98ºC, 0,17ºC acima do valor mais alto registrado em 2016, considerado o ano mais quente até então. Além disso, o ano de 2023 foi 0,60ºC mais quente que a média no período de 1991-2020 e 1,48ºC acima do nível pré-industrial de 1850 a 1900.

2023 teve recordes “caindo como dominós”
O relatório aponta o aumento brusco das temperaturas em escala global, com recordes diários e mensais sendo quebrados com frequência durante o ano passado. A vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, alertou para a situação.

“O ano de 2023 foi excepcional, com recordes climáticos caindo como dominós. Não apenas 2023 foi o ano mais quente registrado, como é o primeiro ano com dias 1°C mais quentes do que a era pré-industrial. As temperaturas em 2023 provavelmente foram as mais altas ao menos nos últimos 100 mil anos”, disse.

Os cientistas classificam as temperaturas até 1,5°C acima do período pré-industrial como “limite segutro” para as mudanças climáticas, estipulado como aumento da taxa média da temperatura global até o final do século.

Com informações do Metrópoles.
Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles.

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