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Ômicron: veja países onde a nova variante do coronavírus já foi detectada Nova variante, descoberta na África do Sul, já foi detectada em ao menos 15 países e territórios até o momento (veja a lista abaixo). Diversas nações já anunciaram restrições a voos da África.

29 de novembro de 2021, 12h08 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por G1

A ômicron (B.1.1.529), nova variante do coronavírus descoberta na África do Sul, já foi detectada em ao menos 15 países e territórios, e várias nações já restringiram voos devido à nova cepa.

  1. África do Sul: 77 casos na Província de Gauteng.
  2. Alemanha: 2 casos confirmados na região da Baviera e 1 caso suspeito na província de Hesse.
  3. Austrália: 5 casos confirmados (4 em Sidney e 1 em Darwin).
  4. Áustria: 1 caso na província de Tirol.
  5. Bélgica: 1 caso, de um viajante que voltou do Egito* em 11 de novembro.
  6. Botsuana: 4 casos, todos de estrangeiros que foram ao país missão diplomática e já deixaram o país.
  7. Canadá: 2 casos confirmados em Ontário.
  8. Dinamarca: 2 casos.
  9. Holanda: 13 casos detectados entre 61 passageiros infectados que desembarcaram de 2 voos da África do Sul. Eles foram isolados.
  10. Hong Kong: 1 caso, de uma pessoa que viajou à África do Sul.
  11. Israel: 1 caso, de uma pessoa que viajou ao Malaui*, e mais 7 casos suspeitos.
  12. Itália: 1 caso em Milão, de um homem que chegou de Moçambique.
  13. Portugal: 13 casos confirmados de jogadores e membros do clube de futebol do Belenenses. Um dos infectados viajou à África do Sul e há indícios de transmissão local.
  14. Reino Unido: 3 casos na Inglaterra (1 em Chelmsford, 1 em Nottingham e 1 viajante que já não está mais no país) e 6 na Escócia. Alguns infectados não têm relação com viagens à África, o que pode indicar que já há transmissão local da nova variante.
  15. República Tcheca: 1 caso confirmado em Liberec e 1caso suspeito de uma pessoa que voltou da Namíbia.

Apesar de o caso confirmado em Israel ser de uma pessoa que viajou ao Malaui e o infectado na Bélgica ser de um viajante que voltou do Egito, nenhum dos dois países africanos confirmaram oficialmente nenhum caso da nova variante até a última atualização desta reportagem.

A Irlanda avalia mais de 10 casos suspeitos, segundo o ministro da Saúde do país, Stephen Donnelly, após testes iniciais de infectados mostrarem uma característica do vírus diferente da variante delta. A Suíça diz estar estudando um “provável” caso.

A variante ômicron

Antes de ganhar o nome de ômicron, a variante ficou conhecida pela sigla B.1.1.529. Ela preocupa pois tem 50 mutações — algo nunca visto antes —, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

O virologista Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, que anunciou a descoberta da nova variante na quinta-feira (25), afirma que a ômicron carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, afirma Oliveira, que é brasileiro. Mas ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou perigosa é a variante — e seu efeito sobre as vacinas já desenvolvidas.

Representação mostra diferenças nas mutações entre a variante delta e ômicron do coronavírus — Foto: Cortesia Hospital Bambino Gesù de Roma

Segundo o virologista brasileiro, a variante ômicron é potencialmente muito contagiosa devido ao número “extremamente alto” de mutações. “Podemos ver que tem potencial para se espalhar muito rapidamente”.

O instituto de pesquisa de Túlio de Oliveira é vinculado à Universidade de Kwazulu-Natal e foi responsável pelo descobrimento da variante beta, uma das cinco cepas consideradas de preocupação global (VOC) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os cientistas ainda não têm certeza da eficácia das vacinas contra a Covid-19 existentes contra a nova variante.

Segundo a Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido, a ômicron tem uma proteína “spike” que é dramaticamente diferente daquela do coronavírus original, na qual os imunizantes são baseados.

“O que nos preocupa é que esta variante pode não só ter uma capacidade de transmissão aumentada, mas também ser capaz de contornar partes do nosso sistema imunológico”, disse o professor Richard Lessells, da Universidade de KwaZulu-Natal.

Foto: Getty Images

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