Por Minas1
A operação Última Milha, deflagrada nesta sexta-feira (20) pela Polícia Federal (PF) com o objetivo de investigar o uso indevido de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), tem entre seus alvos Caio Cesar dos Santos Cruz, filho do general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, Caio Cesar “é apontado pelos investigadores como representante da empresa que vendeu para a Agência Brasileira de Investigação (Abin) o sistema secreto que monitorou, ilegalmente, por meio da rede de telefonia celular, a localização de pessoas durante o governo passado”. >>> PF investiga quadrilha da Abin que espionava jornalistas e adversários de Bolsonaro
O sistema FirstMile, desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, foi originalmente adquirido durante a intervenção federal na Segurança do Rio de Janeiro, no governo Michel Temer (MDB), com a justificativa de combater o crime organizado. No entanto, o uso irregular da ferramenta ocorreu durante a gestão do delegado Alexandre Ramagem na liderança da Abin, no governo Bolsonaro. >>> PF investiga uso irregular de sistema de geolocalização pela Abin
A operação “Última Milha” resultou na prisão preventiva de dois agentes da Abin e no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Foto: REUTERS/Eduardo Munoz