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Oposição a Zema na ALMG terá 20 deputados; parlamentar do PT será o líder Partidos à esquerda acertaram, nesta terça-feira (7), a formação de uma coalizão antagônica ao governo; liderança ficou com Ulysses Gomes

9 de fevereiro de 2023, 09h01 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Estado de Minas

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) oficializou, nesta terça-feira (7/2), a composição do bloco de oposição ao governador Romeu Zema (Novo). O grupo, composto por 20 deputados estaduais, terá parlamentares de cinco partidos à esquerda: PT, PCdoB, PV, Psol e Rede Sustentabilidade. O líder da coalizão será o petista Ulysses Gomes.

O PT é a maior bancada do Parlamento mineiro, com 12 dos 77 assentos da Casa. O PV tem outros quatro deputados; o PCdoB, um. A Rede tem dois representantes; o Psol, mais uma. (Veja, no fim deste texto, a composição completa do bloco de oposição a Zema) No plano nacional, os cinco partidos são aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A gente vem em um processo de diálogo, construção e fortalecimento de um bloco que quer defender e fortalecer a democracia. Nosso papel em Minas Gerais não está dissociado do que o país passa: uma situação de desemprego, fome e total descaso à questão da democracia”, disse Ulysses, hoje.

A Assembleia Legislativa deve ter três blocos parlamentares. Paralelamente às conversas sobre a aliança de oposição, deputados governistas articulam a formação de um grupo pró-Zema. O ajuntamento deve ter partidos que orbitam em torno do Palácio Tiradentes, como Novo, PP, PMN, Patriota, Podemos, Republicanos e PSC. A liderança deve ficar com o PSD, partido de Alexandre Kalil, rival de Zema na eleição passada.

Um terceiro grupo deve ter mais deputados alinhados a Zema. Outros, independentes em relação ao governo, vão acabar engrossando a coalizão. A bancada do PL, que prometeu votar favoravelmente a projetos de interesse do poder Executivo, deve compor esse grupo.

Segundo Ulysses Gomes, há pontos que precisam ser alvos de debate no Legislativo, como as estradas, a educação e a saúde. O petista afirmou que o governo de Zema provocou “desigualdade” e “desemprego”.

“Temos um estado real, que bate à porta de milhares e milhares de mineiros, que passam fome e desemprego – e precisam da resposta do estado. Minas não é uma ilha como acha o governador. Minas está dentro de um país que clama por responsabilidade e políticas públicas”, opinou.

Na legislatura passada, Ulysses foi o líder da Minoria – a liderança da oposição era do também petista André Quintão, agora secretário nacional de Assistência Social no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O parlamentar que agora encabeça a oposição ocupa um gabinete na Assembleia desde 2011. O Sul de Minas é a principal região de atuação dele.

A oposição a Zema terminou 2022 com 17 membros. Apesar do acordo com 20 parlamentares desta legislatura, foram feitos convites a Pros e PSB – com um deputado cada – para que possam integrar a coalizão. As duas legendas podem se juntar à oposição até o fechamento da temporada de criação de blocos parlamentares.

Deputados começam a mirar o comando de comissões

A formação dos blocos parlamentares é fundamental para ilustrar as diferentes correntes da Assembleia e, assim, nortear a escolha dos integrantes de comissões temáticas do Legislativo, como os colegiados de Constituição e Justiça, Educação, Cultura, Direitos Humanos e Administração Pública.

Como mostrou o Estado de Minas na semana passada, deputados creem que será possível, até o carnaval, oficializar a composição dos blocos e, consequentemente, a escalação das comissões.

Parte dos parlamentares, porém, já defende abertamente a participação em alguns grupos. Beatriz Cerqueira (PT), por exemplo, quer ser reconduzida à presidência da Comissão de Educação, que comandou nos últimos quatro anos.

“Sou candidata (à presidência da comissão), porque o trabalho de comissão reflete muito a representatividade com a qual trabalhamos. Na primeira legislatura, nos dedicamos a levar a comissão a vida das pessoas: foram muitas visitas técnicas. Nos dedicamos, também, à defesa da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), pois a comissão cuida da educação básica, mas, também, da superior. Nos dedicamos à pauta da ciência e da pesquisa em um momento em que enfrentamos o negacionismo”, defendeu.

Trocas de partido já movimentam bastidores

Tão logo os trabalhos legislativos deste ano foram abertos, na quarta-feira (1), mudanças partidárias já começaram a ocorrer. Eleito pelo PMN, Enes Cândido já comunicou à Mesa Diretora da Assembleia que, agora, é filiado ao PP. Maria Clara Marra, que foi às urnas pela Democracia Cristã (DC), se juntou ao PSDB.

Nas contas dos aliados de Zema, será possível ter a maioria dos deputados — cerca de 50 — dando apoio a propostas defendidas pelo Palácio Tiradentes.

Deputados que farão oposição a Zema:

  1. Ana Paula Siqueira (Rede)
  2. Andréia de Jesus (PT)
  3. Beatriz Cerqueira (PT)
  4. Bella Gonçalves (Psol)
  5. Betão (PT)
  6. Betinho Pinto Coelho (PV)
  7. Celinho do Sinttrocel (PCdoB)
  8. Cristiano Silveira (PT)
  9. Doutor Jean Freire (PT)
  10. Leleco Pimentel (PT)
  11. Leninha (PT)
  12. Lohanna França (PV)
  13. Lucas Lasmar (Rede)
  14. Luizinho (PT)
  15. Macaé Evaristo (PT)
  16. Mário Henrique Caixa (PV)
  17. Marquinho Lemos (PT)
  18. Professor Cleiton (PV)
  19. Ricardo Campos (PT)
  20. Ulysses Gomes (PT)

Foto: Guilherme Bergamini/ALMG

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