Por Metrópoles
A indicação do nome de Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser votada no Senado Federal em 21 de junho. A informação foi confirmada pelo presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O advogado segue costurando apoios no Congresso Nacional para alcançar o número de votos necessários (41 de 81 senadores). Em reunião com Zanin, Pacheco afirmou que a data foi definida pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
“Acompanhou-me no encontro o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Davi Alcolumbre, que definiu para o próximo dia 21 a sabatina na comissão. Tão logo finalizadas a sabatina e a votação na CCJ, darei encaminhamento ao Plenário do Senado na mesma data.”
Seguindo agenda, nesta terça-feira (13/6), o indicado de Lula deve se reunir com parlamentares do PSD, maior bancada do Senado. O encontro está marcado para acontecer às 14h.
Antes de ter o nome levado ao plenário, o rito de votação estipula que Zanin deve passar primeiro pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, presidida por Davi Alcolumbre. O partido do PSD mantém 10 vagas no colegiado. Se aprovado pelo colegiado, Zanin precisa do voto favorável de pelo menos 41 senadores no plenário da Casa para que a indicação seja confirmada.
Nos últimos dias, o advogado também se reuniu com parlamentares da base do governo e da oposição, passando, inclusive, por evangélicos que apoiaram a indicação de André Mendonça à Suprema Corte.
Indicação de Zanin
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o nome de Cristiano Zanin não deve enfrentar resistência expressiva no plenário do Senado Federal.
Presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já sinalizou pacificação sobre o nome de Zanin. O problema concentra-se na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a oposição deve ser barulhenta.
A indicação de Cristiano Zanin foi encaminhada oficialmente por Lula ao Congresso Nacional em 1º de junho para a vaga aberta pela aposentadoria de Ricardo Lewandowski.
Ele foi advogado do atual presidente em diversos casos, comandando a defesa do petista durante os processos envolvendo a Operação Lava Jato. O jurista também defendeu familiares do petista em outros casos, no próprio STF.
A proximidade de Zanin com Lula foi alvo de duras críticas, com acusações de comportamento “antirrepublicano” do presidente por tratar a indicação como uma decisão de cunho pessoal, com possibilidade de prejudicar a independência do Judiciário.
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