Por G1
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (3), após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que “anomalias graves” – como declarações sobre intervenção militar, fechamento do Supremo ou frustração de eleições – precisam ser combatidas e contestadas “a cada instante”.
A reunião foi marcada em meio a uma tensão entre o governo federal e o Poder Judiciário. O colunista do g1 Valdo Cruz informou que Fux decidiu buscar no Senado o apoio necessário para tentar “esfriar” e contornar a crise com o presidente Jair Bolsonaro.
Na semana passada, Bolsonaro defendeu uma apuração paralela à do Tribunal Superior Eleitoral na eleição deste ano. Segundo ele, essa sugestão foi apresentada ao TSE pelas Forças Armadas, que fariam essa apuração. No último domingo, manifestantes pró-Bolsonaro defenderam intervenção militar e fechamento do Supremo em atos de 1º de Maio.
“O que nós não podemos é permitir que o acirramento eleitoral — que é natural do processo eleitoral e das eleições — possa descambar para aquilo que eu reputei como anomalias graves e se permitir falar sobre intervenção militar, sobre atos institucionais, sobre frustração de eleições, sobre fechamento do Supremo Tribunal Federal, essas são anomalias graves que precisam ser contidas, rebatidas com a mesma proporção a cada instante porque todos nós, todas as instituições têm obrigações com a democracia, com o estado de direito, com a Constituição”, declarou o presidente do Senado.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado