Home Brasil Pai de auditor do TCU ganhou cargo na Petrobras e se reuniu com Bolsonaro

Pai de auditor do TCU ganhou cargo na Petrobras e se reuniu com Bolsonaro Documento apontado pelo presidente Bolsonaro como sendo de autoria da Corte foi usado para questionar número de mortes por Covid-19

9 de junho de 2021, 14h16 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Metrópoles

O pai do servidor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques – investigado no Tribunal de Contas da União (TCU) após fazer um relatório extraoficial que questionava o número de mortes por Covid-19 no país – ganhou cargo na Petrobras durante a atual gestão do governo federal e já se reuniu ao menos três vezes com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O Metrópoles apurou que o nome dele é Ricardo Silva Marques, coronel do Exército Brasileiro. O militar foi nomeado gerente-executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras em 2019.

Desde então, o coronel já se reuniu três vezes com Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Os encontros foram realizados em 11 de junho de 2019, em 27 de dezembro de 2019 e em 29 de janeiro de 2020. Durante a pandemia do novo coronavírus, Ricardo Marques se reuniu com o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), e com a assessoria dele.

Antes de assumir a função na Petrobras, o militar foi gerente de segurança corporativa do Bondinho Pão de Açúcar e desempenhou o mesmo cargo no BNDES.

Alexandre atua na Secretaria de Controle Externo do TCU e mora em Jundiaí (SP). O servidor tem ligação com a família Bolsonaro, é crítico do PSol e da imprensa.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o auditor confessou que foi autor das análises e que o pai dele teria enviado o documento ao presidente Jair Bolsonaro.

Nota da Redação

Fica cada vez mais confusa a situação do presidente Bolsonaro ao usar indevidamente dados não oficiais do TCU para tentar desmentir que os mortos pela pandemia são em número bem inferior aos da realidade. Mas Bolsonaro parece mentir compulsivamente. É difícil acreditar no que ele fala. O presidente ouve uma conversa qualquer e sai espalhando o que ouviu aos quatro cantos. E parece acreditar piamente na lorota que ouviu.

Esse caso do TCU é exemplar. Um maluquete chutou um número, o pai dele passou para Bolsonaro, afinal ambos são militares- como se militares também também não mentissem, basta ouvir as mentiras de Pazuello na CPI – de maneira que o presidente da República teve que admitir que contou uma mentira ao país, o servidor do TCU pode perder o emprego – não vai perder porque Bolsonaro vai protegê-lo como fez como Pazuello- mas que foi uma irresponsabilidade sem dúvida que foi – e dos três!

Foto: Reprodução/YouTube

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário