Por Metrópoles
Integrantes da equipe econômica do governo Lula avaliam, nos bastidores, que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, votou a favor do corte de 0,5 ponto percentual na Selic por “pressão” e “medo”.
A “pressão”, segundo membros da área econômica, teria vindo do mercado financeiro, que passou a cobrar Campos Neto por redução nos juros maior que 0,25 ponto percentual.
Já o “medo” do presidente do BC, avaliam integrantes do governo, seria de ser convocado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado a explicar por que não apoiou um corte maior, de 0,5 ponto.
Voto decisivo
Campos Neto teve o voto decisivo do Copom. Dos nove diretores do comitê, quatro votaram para cortar os juros em 0,25 ponto e outros quatro, em 0,5 ponto. O banqueiro, então, desempatou pelo percentual maior.
“Ele (Campos Neto) sentiu pressão do mercado e ficou com medo de convite na CAE do Senado. Se votasse 0,25, ele seria o responsável por 0,25”, disse à coluna um integrante da equipe econômica.
Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles