Motoboys e ciclistas que atuam em aplicativos de entrega planejam uma paralisação entre esta segunda-feira (31) e terça-feira (1°) em cerca de 60 cidades do país. A mobilização busca pressionar as plataformas por condições de trabalho mais justas.
Entre as principais reivindicações estão a fixação de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, o aumento da remuneração por quilômetro percorrido de R$ 1,50 para R$ 2,50, a restrição do deslocamento de bicicletas a um raio máximo de três quilômetros e o pagamento integral de cada pedido quando houver agrupamento de entregas em uma mesma rota.
O Movimento VAT-SP organizou uma manifestação para o dia 1º de maio, na Avenida Paulista, com o objetivo de lutar pelo fim da jornada 6×1 e pela busca de uma vida além do trabalho. Para o dia 2 de maio, está programada uma greve geral, denominada “feriadão”, com a intenção de pressionar por melhorias nas condições de trabalho.
Entregadores de 59 municípios aderiram à paralisação. Além da interrupção dos serviços, manifestações presenciais também estão previstas em várias capitais, como São Paulo, Maceió, Manaus, Belém, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba, Porto Velho, Cuiabá e São Luís.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas do setor, afirmou que respeita o direito à manifestação e destacou que suas associadas mantêm diálogo aberto com os trabalhadores. A entidade também declarou apoiar a regulamentação da atividade dos entregadores por meio de plataformas digitais, buscando garantir proteção social para os profissionais e segurança jurídica para o setor.
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