Por CNN
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, oficializou sua filiação ao Partido Social Democrático (PSD) nesta quarta-feira (27). O evento ocorreu no Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília. Em seu discurso, Pacheco afirmou que é preciso diálogo para enfrentar os atuais problemas do Brasil e retomar o equilíbrio.
“Já passou da hora de voltar ao diálogo, de retomar o equilíbrio, o desenvolvimento e a paz. Somente através da união de esforços dos agentes públicos é que poderemos fazer respeitar a Constituição, garantindo dignidade, trabalho, moradia, segurança, saúde e educação para a nossa população”, disse.
Pacheco anunciou sua filiação ao PSD na última sexta-feira (22) a convite do presidente do partido, Gilberto Kassab (SP), disse o senador em sua conta no Twitter.
Nesta segunda-feira (25), o presidente do Senado afirmou à CNN que “não há hipótese de antecipação de disputa eleitoral” e que essa postura “será demonstrada no dia a dia na relação com o governo”.
Ele é um dos nomes cotados para a disputa presidencial de 2022 e a fala aconteceu após o ministro da Economia, Paulo Guedes, cobrar a aprovação de reformas e dizer que ele “não pode fazer militância”. Em evento do partido no Rio de Janeiro, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que Pacheco “só não será nosso candidato à presidência da República se não quiser”.
Em seu discurso nesta quarta, Pacheco afirmou que “a gravidade do momento que assola nosso país nos impõe uma tomada de decisão” e que o Brasil chegou “ao limite dos extremos”.
“Decisão esta que não é contra quem quer que seja , mas a favor do Brasil e dos brasileiros. O caminho para solucionar as várias crises que estamos enfrentando é a união. Quando falamos em unirmos o país é porque chegamos ao limite dos extremos. A boa política decorre de um trabalho conjunto dos agentes do poder, dos representantes do povo.”
Em sua fala, Pacheco diz ver brasileiros “cansados e descrentes”. “Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreensão e intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro, nunca irá chegar a lugar algum.”
Pacheco evocou ainda uma frase de Juscelino Kubitschek para retratar a necessidade do Brasil voltar a se desenvolver.
“Como o próprio Juscelino disse um dia: ‘Queremos, em uma palavra, a paz da justiça, a paz da liberdade, a paz do desenvolvimento’. Da minha parte eu quero, com trabalho e muita humildade, contribuir para que o Brasil recupere a sua autoestima e a sua força, recupere a sua paz, que a gente volte a crescer, a sorrir e a ter esperança. Para ser o país que todos nós merecemos.”
Foto: REUTERS/Adriano Machado