Por O Tempo
O atual vice-governador Paulo Brant (PSDB) está na comitiva do ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, nesta sexta-feira (21). Rompido com o governador Romeu Zema (Novo), Brant, além do ex-deputado federal Marcus Pestana (PSDB) e do ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), foi um dos tucanos de Minas Gerais a declarar apoio à eleição de Lula.
Em breve pronunciamento, Brant criticou o que apontou como uma campanha “acirrada, agressiva” de Zema a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Eu, como vice-governador, digo o seguinte: o povo de Minas é esse que está aqui, amante da liberdade e que não vai se guiar pelo voto dos coronéis. No dia 30, vamos votar no Lula porque ele é a única esperança de resgatar a dignidade, a democracia e a esperança”, afirmou.
Para Brant, esta eleição presidencial talvez seja “a mais importante desde a redemocratização”. “Está em jogo não apenas a melhoria das agendas de políticas públicas, mas está em jogo o valor maior da democracia. A democracia brasileira está em risco e a única esperança é votar em Lula”, apontou o vice-governador.
Quando declarou voto em Lula, Brant ponderou que, no 1º turno, votou na senadora Simone Tebet (MDB), que, inclusive, também está em Teófilo Otoni. Entretanto, o vice-governador afirmou que o momento político atual é grave. “Vivemos um momento crucial na história do país. Mais uma vez as eleições presidenciais vão nos encaminhar para direções que podem agravar ou atenuar os gravíssimos problemas que enfrentamos. Sim, nossa situação é grave”, disse.
Embora ainda seja vice, Brant não foi reeleito ao lado de Zema, uma vez que há um distanciamento entre ambos ao menos desde quando o vice-governador deixou o Partido Novo em março de 2020. Preterido por Zema ao definir a chapa à reeleição, Brant foi candidato a vice na coalizão encabeçada por Pestana, o que levou o governador a exonerar a maior parte do gabinete de Brant.
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