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Pazuello diz que vacinação começa ‘no dia D, na hora H’ A fala foi nesta segunda-feira (11) em Manaus, onde o ministro da saúde se reuniu com lideranças políticas do Amazonas para discutir medidas de enfrentamento à pandemia diante do avanço da doença no estado. Pazuello disse que todos os estados receberão o imunizante simultaneamente. Fiocruz recomendou a aplicação de duas doses, com intervalo de até três meses entre elas.

11 de janeiro de 2021, 17h51 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta segunda-feira (11) que o foco da vacinação contra Covid-19 no Brasil poderá ser a redução da pandemia em vez de, no primeiro momento, assegurar a ‘imunidade completa’. Segundo Pazuello, a pasta estuda priorizar a vacinação com 1 dose da Oxford para ‘reduzir a contaminação’.

O objetivo  seria  frear a contaminação com a aplicação de pelo menos uma dose do imunizante do laboratório Astrazeneca em parceria com a universidade de Oxford, segundo o ministro. As declarações foram dadas em Manaus, onde Pazuello  se reuniu com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e com o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e outras lideranças para discutir medidas de enfrentamento à pandemia diante do avanço da doença no estado.

Na média dos últimos 14 dias, houve alta de 72% nas contaminações e 80% nas mortes, segundo os dados do governo estadual.

O anúncio da pasta sobre as  ações de combate à doença vieram justamente em um momento em que Manaus vive um colapso no sistema de saúde e funerário. O plano nacional de imunização foi um dos principais temas do discurso.

“Essas doses, que com duas doses você vai a 90 e tantos por cento [de imunização], com uma dose vai a 71%. Com 71% talvez a gente entre para imunização em massa, é uma estratégia que a Secretaria de Vigilância em Saúde vai fazer para reduzir a pandemia. Talvez o foco seja não na imunidade completa, mas sim a redução da contaminação e aí a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose na sequência, chegando a 90%”, afirmou.

Intervalo

Pazuello não informou o intervalo pretendido entre a aplicação da primeira e da segunda dose. A imunização, segundo o governo, começa pelo prazo considerado mais otimista, no dia 20 de janeiro.

Sobre o calendário nacional de vacinação, disse que todo o país deve começar a imunizar junto. “A vacina vai começar no dia D, na hora H no Brasil. No primeiro dia que chegar a vacina, ou que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia já estará nos estados e municípios para começar a vacinação no Brasil. A prioridade está dada, é o Brasil todo”, disse o ministro.

“Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H, no Brasil. No primeiro dia que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação. A prioridade já está dada, é o Brasil todo. Vamos fazer como exemplo para o mundo. Os grupos prioritários já estão distribuídos”, afirmou.

 

Com relação à aplicação de uma única dose, a Fiocruz informou que: “a AstraZeneca recomenda um regime de vacinação com duas doses, considerando um intervalo de 4 e 12 semanas após a primeira dose. No entanto, o regime de doses a ser adotado no país é uma definição do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde”.

A eficácia dessa vacina de Oxford, segundo dados divulgados por especialistas britânicos, é de 70%. Isso significa que 7 a cada 10 pessoas vacinadas apenas com a primeira dose da vacina de Oxford ficam protegidas 21 dias depois. Quando a segunda dose é aplicada, 12 semanas após a primeira, esse número sobe para 80%. As informações foram divulgadas no dia 30 de dezembro conforme matéria do G1.

Com relação ao Instituto Butantan, envolvido em um atrito entre os governos do estado de São Paulo e o governo federal, Pazuello disse que atualmente discute a autorização para o uso emergencial de 6 milhões de vacinas importadas pelo instituto ligado ao governo paulista.

“O Ministério nunca deixou de trabalhar tecnicamente com o Butantan para comprar a vacina quando estiver registrada e garantida a segurança e eficácia pela Anvisa ou autorização de uso emergencial”, afirmou.

O Butantan trabalha em parceria com um laboratório chinês na produção da Sinovac. A produção no Brasil do imunizante já começou e soma cerca de 2,8 milhões de doses.

“Onde está a dificuldade [para liberação da Anvisa]? Não há registro na China nem autorização de uso emergencial ainda. E a Anvisa tem tido dificuldades de receber toda essa documentação pronta. Nós estamos trabalhando com o Butantan direto para que ele forneça essa documentação”, afirmou. ” Há todo o interesse do Ministério para que conclua essa análise e nos disponibilize para uso, mesmo que emergencial, os 6 milhões de doses”.

Em São Paulo, o governador Doria (PSDB) disse que calendário estadual está mantido – 25 de janeiro. Se o governo federal antecipar a data, os paulistas começarão a receber a vacina com o restante do país.

Diagnóstico precoce
O ministro reforçou a importância do atendimento precoce. “A gente é competitivo. Se disser que tem que aguentar em casa, o caboclo aguenta até morrer”, disse . “A competição é quem vai primeiro procurar um médico, quem vai primeiro se tratar. Estou sendo enfático”.

Pazuello afirmou ainda  que é importante que o paciente receba um diagnóstico a partir do exame clínico, independentemente da realização de exames.

Veja a íntegra da transmissão:

https://www.facebook.com/watch/live/?v=865726930929707&ref=external

Com G1 e Agência Brasil

Foto: reprodução facebook

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