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PF faz buscas contra desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspeitos de receber propina Segundo o Ministério Público Federal, eles recebiam os recursos para atuar em favor de envolvidos no esquema.

18 de novembro de 2020, 08h49 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por G1

Os desembargadores Geraldo Domingos Coelho e Paulo Cézar Dias do Tribunal de Justiça de Minas Gerais são suspeitos de receber propina para influenciar na solução e no andamento de processos judiciais. Eles são investigados na operação Cosme do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) que cumprem, na manhã desta quarta-feira (18), 10 mandados de busca e apreensão.

Segundo a PF, foram apreendidos R$ 50 mil na casa do advogado Luiz Carlos de Miranda Faria, ex deputado estadual e parte do conselho da Usiminas. Além disso, durante as buscas também foram apreendidas várias provas que colaboram para o esquema.

Ainda de acordo com a PF, são sete investigados que para conseguir os privilégios ofereciam retribuições financeiras e outras vantagens indevidas. Serão cumpridos seis mandados em Belo Horizonte, um na cidade de Ipanema, um em Engenheiro Caldas e dois no estado de São Paulo.

Além dos desembargadores, entre os alvos, está o advogado Ildeu da Cunha Pereira Sobrinho, que morreu em fevereiro deste ano. Ainda foi permitida a quebra de sigilo fiscal e bancários de vários investigados.

Os desembargadores Geraldo Domingos Coelho e Paulo Cézar Dias, e o advogado Luiz Carlos de Miranda Faria, ainda não se manifestaram.

Fachada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais — Foto: Danilo Girundi/TV Globo

Provas encontradas

A operação desta quarta-feira é um desdobramento da Operação Capitu, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2018 que apurou a doação irregular de dinheiro para políticos e partidos, além de um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

O, então, vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), o empresário Joesley Batista, dono da JBS, e mais 15 foram presos na Operação Capitu por suposto esquema durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

A propina era paga por um grupo de empresários que se beneficiava de normativos editados pela pasta e que facilitava e viabilizava seus negócios comerciais, dando vantagens frente a outros concorrentes.

Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre

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