Indicada por Lula, a atual direção da Polícia Federal decidiu antecipar, em um ano, o retorno ao Brasil de um delegado próximo de Sergio Moro que estava em “missão” nos Estados Unidos.
O alvo da decisão foi o delegado Maurício Valeixo. Ele foi diretor-geral da PF quando Moro era ministro da Justiça de Bolsonaro e acabou sendo o pivô da saída do ex-juiz do comando da pasta, em 2020.
Em abril de 2022, quando já não comandava mais a corporação, Valeixo foi designado para uma missão em Washington D.C., nos Estados Unidos, como aluno do Colégio Interamericano de Defesa (CID).
Internamente na Polícia Federal, a posição na capital americana, custeada pela corporação, passou a ser conhecida como um confortável “exílio” para os policiais que o governo federal quer ver longe.
Designado em abril, o delegado amigo de Moro assumiu o posto nos Estados Unidos somente em junho de 2022. A “missão” teria duração de dois anos e só acabaria em julho de 2024.
Em abril de 2023, porém, o atual diretor-geral da PF, Andrei Passos, resolveu antecipar em praticamente um ano o retorno de Valeixo ao Brasil, para 1º de julho deste ano.
Sem interesse institucional
A interlocutores Andrei disse que antecipou a volta de Valeixo e de outros integrantes da PF que estudavam no CID, por entender que não havia interesse institucional nesse tipo de curso, bancado pela corporação.
De volta ao Brasil desde o meio do ano, Valeixo foi lotado novamente na PF do Paraná, onde já ocupou o cargo de superintendente regional na época da Operação Lava Jato.
Com informações do Metrópoles.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.