Por G1
“Com toda certeza vai ser indiciada. Sem dúvida alguma”, diz um policial federal, sem apontar por quais crimes. A investigação apura ilegalidades como peculato (que é o desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro.
Na sexta-feira (11), a PF deflagrou uma operação para investigar a suposto desvio de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro. A suspeita é que pessoas ligadas ao ex-presidente da República tenham vendido ilegalmente esses itens, que pertencem à União.
Entre os investigadores, a apuração tem sido comparada a comer mingau quente – pelas beiradas. Na primeira fase da operação, foram alvos:
- o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tenente-coronel do Exército, Mauro Cid;
- o pai dele, general da reserva do Exército, Mauro Cesar Lorena Cid;
- o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti;
- o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.
A PF pediu a quebra dos sigilos bancários de Michelle e do ex-presidente. Os dados podem corroborar a suspeita de que ela seja uma das beneficiárias dos eventuais desvios.
Os investigadores aguardam, também, o resultado de diligências que estão sendo feitas pelo FBI, nos Estados Unidos, sobre as vendas dos bens.
O caso tem mexido com o humor do entorno de Bolsonaro. Na sexta-feira (11), quando a PF cumpriu mandados contra militares ligados a Bolsonaro, a ex-primeira-dama reagiu ao ser provocada sobre o assunto. O maquiador que a acompanhava jogou um copo de gelo contra uma mulher que os filmava.
Foto: JN