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PF volta aos antigos endereços de Pimentel em BH

12 de agosto de 2019, 20h45 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

by Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta segunda-feira (12), dois mandados de busca a apreensão em endereços ligados ao ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT). Moedas estrangeiras foram encontradas na casa do ex governador.

As buscas foram autorizadas pela 32ª Zona Eleitoral, em Belo Horizonte e também foram direcionadas ao escritório do político. A operação Monograma é um desdobramento da Operação Acrônimo, desencadeada em 2015.

De acordo com a PF, nos locais foram encontrados e recolhidos documento e mídias, além dos valores em espécie em reais, euros, dólares e libras esterlinas. O dinheiro encontrado no apartamento de Pimentel ainda está sendo contabilizado. Segundo o delegado Marinho Rezende, que atua na investigação de crimes eleitorais, a estimativa é que o montante chegue a cerca de R$ 60 mil em moedas estrangeiras.

A corporação suspeita de delitos eleitorais, em que empresas de consultoria teriam simulado a prestação de serviços para o recebimento de vantagens ilícitas em montante superior a R$ 3 milhões. A PF investiga se o ex-governador seria sócio oculto destas empresas de consultoria, que teriam sido contratadas para lavar dinheiro recebido ilicitamente de uma construtora.

Ao Jornal Estado de Minas, o delegado informou que as investigações apontaram que a OAS teria sido privilegiada na contratação de obras quando Fernando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil do Governo Dilma Rousseff. Ainda segundo a PF, as provas corroboradas por colaboração premiada do empresário Benedito Rodrigues, conhecido como Bené, apontam que os valores recebidos vieram de atuação do ex-governador em favor de uma empresa do Uruguai.

Ainda de acordo com a Polícia, A notas fiscais foram emitidas por estas empresas de consultoria, mas há indícios fortes de que os serviços não foram prestados. Alguns dos trabalhos eram cópias da internet, segundo o delegado. “Eram para disfarçar doações ilegais”, afirmou.

Em nota, o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, afirmou “estranhar” a ação policial. “O nome Monograma é novo, mas a operação é velha”. “A Operação Acrônimo já adotou todas as medidas possíveis. Estamos contribuindo, colocando tudo à disposição, apesar do excesso que caracteriza esta busca e apreensão”afirmou o defensor.

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