Home Minas Gerais Pré-candidato ao governo de Minas, Viana diz que não será ‘palanque’ para reeleição de Bolsonaro

Pré-candidato ao governo de Minas, Viana diz que não será ‘palanque’ para reeleição de Bolsonaro Senador se filiou ao partido MDB durante cerimônia, nesta segunda-feira (20), em Belo Horizonte

21 de dezembro de 2021, 14h06 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Itatiaia

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) oficializou a filiação do senador Carlos Viana (ex-PSD), em cerimônia realizada na sede do partido, na tarde desta segunda-feira (20), no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de Belo Horizonte. A ação faz parte de uma investida do legislador para concorrer ao Governo de Minas Gerais.

Viana é uma aposta do partido para correr por fora de algumas opções já estabelecidas, como o atual governador Romeu Zema (Novo) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Além das composições e apoios para a chapa, o senador tem outro desafio pela frente: construir uma candidatura que seja descolada do presidente Jair Bolsonaro, alvo de muitas críticas por parte do seu novo partido, o MDB.

Carlos Viana atualmente é vice-líder do governo federal no Senado, apesar de já ter colocado o cargo à disposição. Questionado sobre sua proximidade com Bolsonaro, ele afirma que foi apenas com fins específicos para Minas e que acompanha as propostas, mas não a forma de pensar do governo federal.

“A proximidade com o Palácio do Planalto ela é importante para que a gente pudesse conseguir os resultados que nós obtivemos. Não se cria um TRF-6, não se consegue 2,2 bilhões para o metrô, não se consegue um leilão da BR-381 que tem data nova inclusive marcada para 7 de fevereiro. Isso tudo tem que ser feito numa conversa com o Palácio do Planalto. E eu como vice-líder do governo acompanho as propostas não acompanho o governo em boa parte do que o governo pensa. E nós, quando tomei a decisão de vir ao MDB fui ao Palácio do Planalto, conversei com o presidente pessoalmente, coloquei meu cargo de vice-líder à disposição o que ele não quis, ele me manteve, estou ali para trabalhar e agora com a saída do Bezerra, naturalmente em fevereiro esse quadro pode mudar, mas já deixei claro pra ele que a minha saída do PSD significa que eu possa apoiar uma candidatura diferente para a presidência em Minas Gerais”, afirmou.

O vice-líder do governo no Senado disse ainda que o palanque natural de Bolsonaro em Minas é o atual governador do estado, Romeu Zema. “Olha Bolsonaro já tem um partido que é o PL, esse partido, que é um bom partido, está com Zema. Naturalmente que o palanque do Zema é o palanque natural. O governador no ano passado visitou várias vezes o palácio, encontrei com ele lá inclusive algumas vezes, ele já tem compromisso em apoiar o presidente pelo menos no que foi colocado ao Palácio do Planalto. Se ele vai cumprir, não sei, não cabe a mim questionar. Mas a tendência é de que Bolsonaro caminhe com Zema em Minas Gerais numa aliança que já foi tratada há mais tempo”, contou.

O evento de filiação de Viana ao MDB contou com a participação do presidente nacional da legenda, deputado federal Baleia Rossi, o presidente do MDB em Minas, deputado federal Newton Cardoso Jr e também do pai dele, Newton Cardoso, ex-governador de Minas.

Foto: Alessandra Mendes / Itatiaia

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