O prefeito de Belo Horizonte , Alexandre Kalil (PSD), disse neste sábado (3) em sua rede social que não vai seguir a decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu a realização de cultos e missas em todo o Brasil .
Em uma publicação usando a conta do Twitter, Kalil escreveu que Belo Horizonte vai continuar seguindo o entendimento do plenário da Corte, que determinou que perfeitos têm a prerrogativa de optar por medidas mais duras de restrições em meio à pandemia da Covid-19 .
“Em Belo Horizonte, acompanhamos o Plenário do Supremo Tribunal Federal. O que vale é o decreto do Prefeito. Estão proibidos os cultos e missas presenciais”, escreveu o prefeito.
Em Belo Horizonte, acompanhamos o Plenário do Supremo Tribunal Federal. O que vale é o decreto do Prefeito. Estão proibidos os cultos e missas presenciais.
— Alexandre Kalil (@alexandrekalil) April 3, 2021
Neste sábado (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, autorizou que cultos e missas sejam realizados no Brasil todo.
A decisão foi atendendo um pedido da Associação Nacional de Juristas Evangélicos e com isso, determinou que sejam adotadas medidas como distanciamento social, a obrigatoriedade quanto ao uso de máscaras, a disponibilização de álcool em gel nas entradas dos templos e aferição de temperatura do público.
“Reconheço que o momento é de cautela, ante o contexto pandêmico que vivenciamos. Ainda assim, e justamente por vivermos em momentos tão difíceis, mais se faz necessário reconhecer a essencialidade da atividade religiosa, responsável, entre outras funções, por conferir acolhimento e conforto espiritual”, observou o ministro em sua decisão.
A flexibilização ocorre em meio a pior momento da pandemia da Covid-19 no Brasil. Até agora, o Brasil tem 330.193 mortos pela doença, sendo 1.987 óbitos registrados nas últimas 24 horas, de acordo com informações do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Os casos confirmados são 12,9 milhões.
“Estamos em plena Semana Santa, a qual, aos cristãos de um modo geral, representa um momento de singular importância para as celebrações de suas crenças — vale ressaltar que, segundo o IBGE, mais de 80% dos brasileiros declararam-se cristãos no Censo de 2010”, acrescentou Nunes Marques.
Em seu pedido encaminhado ao ministro do STF, Associação Nacional de Juristas Evangélicos diz que a suspensão dos cultos e missas viola o direito fundamental à liberdade religiosa e o princípio da laicidade estatal.
Com Agência
Foto: Reprodução