Por Itatiaia
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) rejeitou a sugestão de construir um sambódromo no terreno do aeroporto Carlos Prates, no bairro Padre Eustáquio. O Executivo municipal considerou que a área utilizada seria muito grande e dificultaria a construção de outros equipamentos prioritários no local.
No pré-projeto definido pela PBH, o terreno de 547 mil metros quadrados do aeroporto receberá cerca de 2 mil moradias, uma escola municipal de educação infantil (Emei), uma escola municipal de ensino fundamental (Emef), um centro de saúde, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), parques, praças, ciclovias, centro esportivo com quadras e campos, espaços para comércio, além da preservação do parque já instalado no local.
De acordo com a assessora especial da PBH, Lidia Vasconcellos, todas as sugestões apresentadas pela comunidade em audiências públicas na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foram aceitas, com exceção do sambódromo.
“Era uma estrutura muito grande. Inclusive, pelo que eu soube, era uma estrutura que seria maior do que o sambódromo da Sapucaí, no Rio. Ocuparia quase a área toda do espaço. Por isso que ele foi descartado em detrimento de outras demandas que atenderiam um maior número de pessoas que participaram dessas reuniões de escuta”, disse ela em entrevista exclusiva à Itatiaia.
O sambódromo da Marquês de Sapucaí no Rio de Janeiro tem 85 mil metros quadrados. O maior sambódromo do Brasil fica em Manaus (AM) e tem 146 mil metros quadrados.
Próximos passos
O projeto da Prefeitura de Belo Horizonte para o terreno do aeroporto Carlos Prates, desativado em abril, precisa ser aprovado pela Secretaria de Patrimônio da União. A partir de junho, a administração municipal começará a desmontar a estrutura do aeroporto.
Quando as duas etapas estiverem concluídas, o governo federal irá transferir a posse definitiva do terreno para a PBH, o que pode ocorrer até setembro. Apenas após a transferência é que o Executivo pode iniciar as obras no local.
Foto: Divulgação/Ifraero