O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou na quarta-feira (6) que o Brasil representa um risco muito grande para a América do Sul por causa da epidemia de Covid-19.
Durante uma entrevista em uma rádio, o líder argentino foi perguntado sobre protestos da oposição de seu país que pedem flexibilização das medidas de confinamento.
Ele afirmou então que é possível ver a consequência do que estão propondo. “Esses setores da oposição convocam as pessoas a fazerem pedidos pela própria doença”, disse ele.
O entrevistador pergunta, então, se Fernández se referia a uma situação como a brasileira, onde há centenas de mortos todos os dias, e se o Brasil chega a ser um risco para a região. “Muito grande, muito grande”, responde Fernández.
“Eu falei com o [Sebastián] Piñera (presidente do Chile), com o Lacalle [Pou] (presidente do Uruguai), obviamente que é um risco muito grande. A não ser por dois países, Chile e Equador, o Brasil faz fronteira com toda a América do Sul.”
O presidente da Argentina então afirmou que na Argentina entram caminhões brasileiros que levam carga “de São Paulo, um dos lugares mais infectados do Brasil”.
Não foi a primeira vez que Fernández expressou sua preocupação com a situação da epidemia no Brasil.
De acordo com o jornal “La Nación”, no sábado, Fernández já havia falado sobre isso.
“Há muito transporte que vem do mercado de São Paulo, e lá o foco infeccioso é altíssimo e parece que o governo não está encarando com a seriedade que o caso requer. Isso me preocupa muito pelo povo do Brasil, mas também porque pode se transferir para a Argentina.”
Números baixos da Argentina
A Argentina tem menos de 300 mortos por Covid-19. O número de infectados pelo coronavírus no país é de pouco mais de 5.200.
Já o Brasil é o sexto país do mundo com mais mortes. São quase 8.500. O número de casos confirmados ultrapassa os 126 mil.
Com informações do G1.
Foto: Esteban Colazo/AFP/CP