Por Itatiaia
O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Gabriel Azevedo (sem partido) reagiu à decisão do prefeito Fuad Noman (PSD) de aumentar de R$ 4,50 para R$ 6 o valor da passagem de ônibus na capital mineira.
Em uma nota enviada à reportagem poucos minutos após a decisão da prefeitura, o parlamentar diz que o prefeito “aceitou a chantagem” dos empresários de ônibus e que deveria ter partido para a anulação do contrato.
“O prefeito, de maneira covarde, aceitou a chantagem que todos conhecemos, enquanto deveria partir para a anulação do contrato”, diz trecho da nota. “Quem se alinha ao empresariado de ônibus se coloca contra o povo”, completa.
No comunicado da prefeitura sobre o reajuste da passagem, o Executivo municipal diz que a tarifa entrará em vigor a partir do próximo domingo (23) permanecerá até a aprovação de um projeto de lei que garante subsídio de R$ 476 milhões às concessionárias. A proposta tramita na Câmara, mas enfrenta resistência por parte dos vereadores.
Na nota divulgada hoje, o presidente da CMBH, Gabriel Azevedo, disse que a Câmara não aceitará conceder o subsídio sem contrapartida.
“Sobre o projeto de lei, o próprio prefeito já disse que poderia aumentar a passagem, mesmo com o subsídio, sem esclarecer os valores. Foi o que ele fez, se rendendo aos empresários de ônibus, dias depois de enviar um projeto de lei, cujo tempo de tramitação ele bem sabe que não se dá em dias, diante dos processos internos”, afirma.
“Aguardamos essa resposta. O que a Câmara Municipal não vai aceitar é dar meio bilhão para empresários de ônibus sem contrapartida nenhuma”, completa o vereador.
Foto: Karoline Barreto/CMBH